A música de Maria Soromenho diz Callaz à frente, pseudónimo com o qual assina o seu percurso artístico desde 2017. Aprendeu a misturar sons sozinha, dando à sua linguagem musical o barulho de fundo próprio da autonomia. "Queima Essa Ideia" (2020) e "Living in a Garage" (2021) são os títulos dos singles que compôs durante o tempo que esteve em Berlim, produzidos pela artista Ah! Kosmos. O terceiro tema da colaboração com a artista chama-se "Galazaar" e é agora apresentado e disponibilizado para streaming, como prelúdio da intenção de experimentar novas ideias na performance em palco.
"Galazaar" é um novo encontro entre as experiências da própria artista e as referências que a inspiram a compor. Este single surge, em primeira instância, de A Noite e o Riso de Nuno Bragança, mas o processo de Callaz na escrita e composição do tema carrega ainda a influência de Alfred Döblin, Wim Wenders e Asta Nielsen.
Gravado e misturado num dia, com produção de Ah! Kosmos, Galazaar é uma composição eletrónica, no momento em que a artista se despede de Berlim.
Callaz conta já com dois LPs e dois EPs, compostos e produzidos em diversos pontos da Europa e Estados Unidos, que têm subido aos palcos de tantas cidades como as que fazem parte da sua geografia afetiva e da história de cada uma das suas obras.
O homónimo Callaz (2020), produzido em Lisboa por Adriano Cintra, agrupa dez temas numa cativante e imaginativa fusão de pop eletrónico e indie rock. O mais recente, Dead Flowers & Cat Piss (2021), produzido por Helena Fagundes, numa colaboração espontânea durante o confinamento, junta 10 temas que revelam a vontade de experimentação, não só de ritmo e melodia, mas também de constante remodelação do seu processo criativo.
Callaz tocou ao vivo em Lisboa, Los Angeles, Malmö, Reykjavík, Berlim, Madrid, Bruxelas e fez uma digressão em Nova Iorque dando concertos em prestigiadas salas como The Bowery Electric e Rockwood Music Hall.
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