Dia do Pai é quando uma filha quiser. E quiseram os desígnios da vida que MAR cantasse saudade malograda em “O Meu Pai”: single que serve de homenagem patente ao “grande homem” de sua terra, ao dono de sua verdade “crua e nua”, ao “maior” que lhe ensinou a oferecer peito cheio à vida quando esta ainda era tudo menos doce.
Em tom de despedida, é na verdade um reencontro com quem já cá não está para ouvir que sobressai dos versos dedicados por MAR. Para a cantora, compositora e produtora de raízes algarvias, mar é precisamente porto de abrigo que não deixa esbater-se essa ligação para lá da memória — e é essa memória viva que “O Meu Pai” perpetua na voz de sua filha.
Novamente em sede de produção própria, MAR volta a abrir-se sem pudores, permitindo-se a um espaço de partilha verdadeiramente autêntica, tal como já nos havia surpreendido em temas como “Atira-te a Mim”, “Aqui Agora” e, mais recentemente, “Explica Só”. Surpresa essa que se torna agora cada vez menos inesperada a cada tema — mas não menos surpreendente sempre que nos puxa o tapete com uma nova canção. Sinais flagrantes de que uma surpresa maior poderá estar para breve.

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