A decisão de “sair do armário” musicalmente, como o próprio afirma, surgiu após a sua
participação no projeto colaborativo “Filhos do Vento”, uma experiência que o inspirou
profundamente e o fez reencontrar-se com a sua verdadeira vocação.
Mas foi no palco do
Festival Tremor 2025, nos Açores, que André teve a confirmação que precisava: “Estar ali,
naquele momento, fez-me perceber que a música não pode viver fechada dentro de mim. Tem
de ser partilhada.”
“Contradições” é uma faixa com uma poderosa
reflexão sobre a dualidade da vida e as
experiências que moldam o ser humano.
A música convida-nos a confrontar as complexidades de
nossa identidade, onde o "sangue lusitano" e
"sangue africano" se entrelaçam em uma rica
tapeçaria de culturas.
Cada verso revela a luta interna entre aceitação e
rejeição, amor e ego, solidão e alegria.
A letra
destaca o crescimento em um ambiente repleto de
contradições, onde ser o único diferente se torna
uma questão de sobrevivência. A música é um
grito de liberdade, um convite a reconhecer nossas
próprias contradições e a abraçar o conflito como
parte da jornada.
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