Parceiro de Meno desde que se mudou para São Paulo, em 2022, assinando com ele
canções como “Retina” e "Beijos que não dei” – single lançado com o pernambucano
Otto –, João Menezes vem se consolidando como um dos principais compositores de sua
geração com letras que versam sobre o amor, a esperança e a resistência.
"A primeira vez que ouvi uma letra do João foi no disco do Bruno Berle (“Até meu
violão”) e acho que suas composições são geniais porque ele consegue criar versos
aparentemente simples mas extremamente sofisticados – com a sugestão de acrescentar
ou mudar uma única palavra, ele consegue ampliar o sentido da música", diz Meno. “E
os temas, mesmo quando parecem abstratos, tratam de questões que são universais.”
Nessa toada, “Sentir que vai voar” é um convite para atravessar o mistério da vida com
coragem, transformando o medo em impulso de liberdade.
O título nasce de um dos
versos centrais da letra (“O medo de cair/ é não sentir que vai voar”) mas, ao excluir o
advérbio negativo, reafirma a inclinação da música para a poesia e a imaginação: “Voar
como um balão/ pra lá do céu/enxerga o chão/ Cuidar como uma mãe/ De braço eterno/a
criação.
A canção, antes mesmo de seguir para o estúdio, foi ganhando corpo no palco, quando
João Menezes e Marina Nemésio resolveram inclui-la em um show no Centro da Terra,
na capital paulista, no qual Meno fez uma participação especial.
Nessa época, em 2024,
“Sentir que vai voar” havia sido recém-escrita, não tinha sequer título e tampouco
ganhado os elementos eletrônicos – como sintetizadores e beats – que marcam a sua
versão final. “No show fizemos violão e baixo, que já foi especial, mas, quando Meno me
mandou a versão final, fiquei viciada. Foi muito lindo escutar os arranjos, ver as
camadas”, diz Marina Nemésio.
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