Numa edição da PAD chega às lojas no próximo dia 19 de Setembro o 5º disco de Old Jerusalem, um álbum que se centra na escrita das canções. O presente registo é composto e interpretado na sua totalidade por Francisco Silva, o mentor de Old Jerusalem desde a sua génese em 2001. Hoje em "Discurso Direto", Francisco Silva, procura as palavras para explicar o novo "capítulo" na vida deste projeto.
Portugal Rebelde - Este disco assinala o 5º degrau na maturação do
projeto Old Jerusalem, de exploração e experimentação em torno da palavra
cantada?
Francisco Silva - Sim, é um facto. Trata-se do 5º álbum do
projecto, projecto esse que se centra na escrita de canções, as tais palavras cantadas
e o que podemos fazer com elas em termos estéticos.
PR - Se a nível lírico se pode afirmar que a atenção às palavras e a procura do chamado “mot juste” se mantêm inalterados, já a nível da composição musical encontramos em “Old Jerusalem” arranjos e abordagens sonoras próprios de uma pop-folk “de câmara”. Estás de acordo?
PR - Se a nível lírico se pode afirmar que a atenção às palavras e a procura do chamado “mot juste” se mantêm inalterados, já a nível da composição musical encontramos em “Old Jerusalem” arranjos e abordagens sonoras próprios de uma pop-folk “de câmara”. Estás de acordo?
FS - Sim, aliás vem na linha da descrição que
antes fazia da actividade de Old Jerusalem: a exploração da palavra cantada e
do que fazer com as canções passa muito pela procura das palavras certas, que
no caso deste disco vieram com roupagens musicais “de câmara”, contidas no tom
e no ambiente, com luminosidade de fim de tarde, digamos assim.
PR - "The Go-Between" é o single de
apresentação deste disco. É este o tema que melhor define o espírito do álbum?
FS - Na verdade parece-me que não, mas nunca
foi intenção escolher um tema que fosse “representativo” do espírito do disco.
O que pretendemos é que a canção de apresentação seja apelativa para que as
pessoas eventualmente se interessem por descobrir os restantes ambientes do
disco.
PR - Numa frase apenas - ou duas - como
caracterizarias este “Old Jerusalem”?
FS - Como dizia atrás, é um disco com
luminosidade de fim de tarde, centrado numa musicalidade indie-folk “de
câmara”.
PR - Nos dias 17 e 24 de Setembro, apresentas em Lisboa e no Porto
este disco. Que surpresas estão resesevadas para estes dois concertos?
FS - Surpresas
propriamente ditas não me parece que venha a haver, esperamos apenas que os
concertos de apresentação venham a ser pequenas celebrações de que todos possam
participar (público e banda em conjunto), num ambiente relaxado e centrado nas
canções que iremos apresentar, deste disco e de outros anteriores de Old
Jerusalem.
PR - Que sensações esperas que as pessoas retirem da audição deste "Old Jerusalem"?
FS - Não tentamos direccionar a atenção das
pessoas ao disco nessa perspectiva, cada um trará a sua bagagem de emoções para
a audição do álbum e em conjunto com a “matéria-prima” que lá encontrará
retirará da audição algum valor emocional mais ou menos único. Eu apenas faço
votos que essa experiência se revele enriquecedora para o ouvinte, qualquer que
seja o conteúdo emocional que venha a descobrir na audição do álbum.
7. PR - Para terminar, por onde passa o futuro
próximo de Old Jerusalem?
FS - O futuro próximo de Old Jerusalem passa
naturalmente pela promoção deste trabalho, principalmente pela apresentação ao
vivo destas canções. A par disso, passa também certamente pelo trabalho em novo
material, embora ainda sem perspectivas concretas quanto ao seu destino.
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