14/09/2011

OLD JERUSALEM | Discurso Direto


Numa edição da PAD chega às lojas no próximo dia 19 de Setembro o 5º disco de Old Jerusalem, um álbum que se centra na escrita das canções. O presente registo é composto e interpretado na sua totalidade por Francisco Silva, o mentor de Old Jerusalem desde a sua génese em 2001. Hoje em "Discurso Direto", Francisco Silva, procura as palavras para explicar o novo "capítulo" na vida deste projeto.

Portugal Rebelde - Este disco assinala o 5º degrau na maturação do projeto Old Jerusalem, de exploração e experimentação em torno da palavra cantada?

Francisco Silva - Sim, é um facto. Trata-se do 5º álbum do projecto, projecto esse que se centra na escrita de canções, as tais palavras cantadas e o que podemos fazer com elas em termos estéticos. 

PR - Se a nível lírico se pode afirmar que a atenção às palavras e a procura do chamado “mot juste” se mantêm inalterados, já a nível da composição musical encontramos em “Old Jerusalem” arranjos e abordagens sonoras próprios de uma pop-folk “de câmara”. Estás de acordo?

FS - Sim, aliás vem na linha da descrição que antes fazia da actividade de Old Jerusalem: a exploração da palavra cantada e do que fazer com as canções passa muito pela procura das palavras certas, que no caso deste disco vieram com roupagens musicais “de câmara”, contidas no tom e no ambiente, com luminosidade de fim de tarde, digamos assim.

PR - "The Go-Between" é o single de apresentação deste disco. É este o tema que melhor define o espírito do álbum? 

FS - Na verdade parece-me que não, mas nunca foi intenção escolher um tema que fosse “representativo” do espírito do disco. O que pretendemos é que a canção de apresentação seja apelativa para que as pessoas eventualmente se interessem por descobrir os restantes ambientes do disco. 

PR - Numa frase apenas - ou duas - como caracterizarias este “Old Jerusalem”?

FS - Como dizia atrás, é um disco com luminosidade de fim de tarde, centrado numa musicalidade indie-folk “de câmara”.

PR - Nos dias 17 e 24  de Setembro, apresentas em Lisboa e no Porto este disco. Que surpresas estão resesevadas para estes dois concertos?

FS - Surpresas propriamente ditas não me parece que venha a haver, esperamos apenas que os concertos de apresentação venham a ser pequenas celebrações de que todos possam participar (público e banda em conjunto), num ambiente relaxado e centrado nas canções que iremos apresentar, deste disco e de outros anteriores de Old Jerusalem. 

PR - Que sensações esperas que as pessoas retirem da audição deste "Old Jerusalem"?

FS - Não tentamos direccionar a atenção das pessoas ao disco nessa perspectiva, cada um trará a sua bagagem de emoções para a audição do álbum e em conjunto com a “matéria-prima” que lá encontrará retirará da audição algum valor emocional mais ou menos único. Eu apenas faço votos que essa experiência se revele enriquecedora para o ouvinte, qualquer que seja o conteúdo emocional que venha a descobrir na audição do álbum.

7.   PR - Para terminar, por onde passa o futuro próximo de Old Jerusalem?

FS - O futuro próximo de Old Jerusalem passa naturalmente pela promoção deste trabalho, principalmente pela apresentação ao vivo destas canções. A par disso, passa também certamente pelo trabalho em novo material, embora ainda sem perspectivas concretas quanto ao seu destino.

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