18/09/2011

PRANA | Discurso Direto


Depois do EP "1", 2011 viu nascer o disco de estreia dos Prana, quarteto de São João da Madeira. O Portugal Rebelde, esteve à conversa com a banda, que em "Discurso Direto" falam de "Trapo Trapézio" como o "fruto da relação entre um domador de leões e uma dançarina de can-can."

Portugal Rebelde - Os 11 temas que constituem o álbum “Trapo Trapézio” surgem como capítulos que marcaram a vida de uma personagem. A vida é o fio condutor a todos os temas?

Miguel - Sim. Isso acontece porque decidimos criar o “Trapo Trapézio” de raiz, o que significa que nenhuma das músicas está lá por acaso. Foram todas criadas à volta dessa história, desse fio condutor. E o tema é de facto a Vida e um pouco de tudo o que ela encerra, desde o Amor e Alegria à Decadência e Morte.

PR - É verdade, que neste trabalho os Prana mostram simultaneamente o seu lado mais dançante e o mais negro?

Ana - Sim. Neste álbum tentamos demonstrar o que é prana. É uma relação harmoniosa entre o lado mais pesado da vida, caracterizado pelas letras e melodias, sempre com espaço para dança e festa.

PR - Numa frase apenas como caracterizariam este “Trapo Trapézio”?

Miguel - O fruto da relação entre um domador de leões e uma dançarina de can-can.

PR - “Etanol” foi o single de apresentação deste disco. E é com este gatilho que os Prana se fizeram à estrada. A próxima paragem é o Hard Club no Porto, no dia 29 de Setembro. Que “surpresas” estão reservadas para este concerto?

João - Vamos finalmente ter liberdade tanto pelo lado sonoro como pelo lado espacial. Estamos ansiosos com este concerto pois andamos a prepará-lo há algum tempo. Vai haver surpresas, mas só serão reveladas no concerto para não perderem aquilo que as caracteriza... surpresas.

Ana - Queremos que o nosso público saia do concerto com um sorriso de orelha a orelha e, sobretudo, com gosto para ouvir e ver mais sobre prana. Queremos que seja um concerto que “cole” o público do início ao fim.

PR - A que se ficou a dever a escolha de “Trapo Trapézio” para título deste disco de estreia?

João - Esta escolha deve-se ao que andamos a “respirar” durante a composição do álbum: sujidade e circo. 

Miguel - Para além disto, também queríamos que o título do álbum tivesse, mais que um significado directo, uma aura, um ambiente, que remetesse quase de imediato as pessoas para o nosso mundo.

PR - Para terminar, por onde passa o futuro próximo dos Prana?

Diogo - Passa por bastantes concertos onde iremos apresentar o álbum “Trapo Trapézio” da melhor forma que sabemos. Em simultâneo, estamos já a compor novos temas para o próximo trabalho.

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