Hoje em "Discurso Direto", Miguel Dias fala-nos de "Nothing Ahead / Nothing Behind" o novo disco de Rose Blanket.
Portugal Rebelde - ”Nothing Ahead / Nothing Behind” é
um disco duplo gravado intermitentemente entre Dezembro de 2008 e Fevereiro de
2011, numa 1ª fase em Barcelos e posteriormente em Lisboa no Golden Pony
Studio. É verdade que as gravações em Barcelos são determinantes para a
sonoridade do disco?
Migue Dias - Sim,
porque foi em grande parte gravado em Barcelos, sendo que o facto dessas gravações
terem sido feitas numa casa de habitação e em várias das suas divisões acaba
por marcar a sonoridade do disco.
PR - O processo de criação,
gravação, rejeição e reformulação foram as motivações para fazer “nascer” este
novo disco?
MD - Não
diria serem uma motivação. Mas foi nesse contexto que o disco cresceu.
PR - “Feel My Way Around”
foi o single de apresentação deste trabalho. É este o tema, que melhor define o
“espírito” do disco?
MD - Curiosamente,
julgo que será aquele que menos o representa, ao que não será alheio o facto de
ser cantado pela Jennifer Charles, o que só acontece neste tema. Mas tive a
sensação que era o tema que poderia funcionar melhor como single.
PR - ”Nothing Ahead /
Nothing Behind” é um disco que, em certa medida, marca um regresso ao formato
canção. Foi uma opção pontual ou vai ter continuidade em próximos trabalhos?
MD - Não
foi uma opção consciente. Foi algo que foi surgindo, em especial depois de
“descoberta” a voz da Filipa Caetano, que acaba por ser a voz principal no
disco e que inspirou a criação de novos temas numa abordagem mais convencional,
de estrofe/refrão.
PR - Numa frase apenas
como caracterizarias este " Nothing Ahead / Nothing Behind "?
MD - Posso
deixar duas palavras: vazio e duplicidade.
PR - Depois do disco,
vamos ter a oportunidade de ouvir as canções deste disco no palco?
MD - Desta
vez não estão previstos concertos para acompanhar a edição deste disco.
PR - Para terminar, por onde passa o futuro próximo de
Rose Blanket?
MD - Calmamente a trabalhar em novos temas, a pensar num
novo trabalho, consciente de que agora estou mais condicionado, pela decisão de
não efectuar concertos que retirou ao projecto a sua independência financeira.
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