Viver o Outono ao Vivo, é este o mote para a 16ª edição do OuTonalidades, que decorre de 21 de Setembro a 14 de Dezembro, uma Festa com música ao vivo de norte a sul do território nacional. Nesta edição estão agendados 35 concertos de 18 grupos em
12 espaços. Anibal Almeida, coordenador do OuTonalidades é hoje o convidado do Portugal Rebelde para em "Discurso Direto" nos falar da maior rede de música ao vivo de pequeno formato do ocidente ibérico.
Portugal Rebelde - Nesta 16ª edição, o OuTonalidades reafirma a sua vocação cultural e a vontade
de continuar a levar música ao vivo a todo o país, de norte a sul do território
nacional. Ao longo destas edições qual tem sido o “feedback” do público?
Aníbal Almeida - Os feedbacks que recebemos
do público são muito positivos, assim como dos espaços e dos grupos que
anualmente aderem ao evento em número crescente, e que nos dão alento para
seguir adiante, evoluindo edição após edição, para proporcionar um evento
melhor, tanto aos grupos como aos espaços. No fim, acreditamos que todos –
público, espaços e grupos - beneficiamos
com todos os progressos, que são reflexões dos feedbacks que nos chegam.
PR - O programa deste ano apresenta 34 concertos
de 17 grupos em 11 espaços, continuando a evidenciar-se como a maior rede de
música ao vivo de pequeno formato do ocidente ibérico. Do jazz ao tradicional,
do rock ao fado, do ska aos blues, do experimental às músicas do mundo, esta
tem sido a grande aposta?
Aníbal Almeida - Queremos pautar a
programação do OuTonalidades pela variedade, ao mesmo tempo mantendo
uma linha que identifique o evento. De facto, acreditamos que a aposta passa
por garantir no programa grupos como Bela Nafa, da Guiné-Bissau, Andromakers de
França num registo mais moderno, ou até o J.P.Simões, que vem apresentar o seu
novo espectáculo “Solo Para Guitarra e Máscara”. Esta é uma das formas de
sustentabilidade de um evento: fazer com
que se dirija a um leque alargado de público.
PR - Mesmo sem a extensão geográfica galega nesta edição do OuTonalidades, a semente
do espírito de intercâmbio luso-galaico continua bem presente?
Aníbal Almeida - Este ano o evento não conta com o convénio de colaboração com AGADIC
(Agência Galega das Industrias Culturais) e RGMV (Rede Galega de Musica ao
Vivo), no entanto esta semente de
intercâmbio germinou os seus frutos, ao verificarmos um grande número de inscrições de
grupos galegos no OuTonalidades. Isso é sinal de reconhecimento pela sua parte
como uma plataforma de oportunidade interessante de promoção das suas músicas.
Por outro lado, o circuito continua a consolidar-se na geografia nacional e
acreditamos que futuramente mais oportunidades continuarão a surgir. Apesar de
termos fechado o programa com apenas um grupo português a tocar além
fronteiras, o OuTonalidades continua sempre aberto a grupos não portugueses, o
que se pode verificar na programação, com a presença de 2 grupos Galegos, um
grupo Francês e outro Guineense.
PR - Nesta 16ª edição do OuTonalidades, há algum concerto que gostaria de destacar?
Aníbal Almeida - Como responsável do evento e
da programação, não posso deixar de fora nenhum concerto. Estamos satisfeitos
por termos conseguido garantir uma programação de qualidade elevada, o que
espelha bem o leque de grupos que desejam colaborar com o OuTonalidades. Por outro
lado, também os espaços que acolhem o evento são garante da qualidade do
circuito.
PR - Ainda que estejamos no início desta edição, podemos desde já contar com o
OuTonalidades em 2013?
Aníbal Almeida - Apesar da conjuntura em que
vivemos, acreditamos que o OuTonalidades caminha para um grau de
auto-sustentabilidade que permite pensar que sim. Queremos fazê-lo, esse é um
facto.
PR - Para terminar, numa frase apenas, como caracterizaria esta 16ª edição do
OuTonalidades?
Aníbal Almeida - Viver o Outono, ao vivo!
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