"Lá Vai Ela" (Farol Música, 2012), é este o 2º capitulo da aventura dos Seda, uma proposta transformadora de grandes temas portugueses, com arranjos originais e inéditos, complementados com a voz de Gabriela Barros. Miguel Majer é hoje o meu convidado em "Discurso Direto".
Portugal Rebelde - Em 2010 os Seda apresentaram-se pela primeira vez ao mercado com um disco em que revisitavam grandes êxitos dos anos 80, dentro de uma abordagem leve e suave com a da seda. O espírito mantem-se neste segundo trabalho?
Miguel Majer - É sempre difícil sermos nós a caracterizar o nosso trabalho, mas em linhas gerais pensamos que sim, embora talvez um pouco menos "sedoso" num ou noutro tema.
PR - O novo disco dos Seda traz-nos temas imortalizados por vozes femininas. Este é disco de homenagem às mulheres?
MM - Não foi essa a intenção (consciente) mas pode até ser... Pensando melhor...
PR - Dos 12 temas que fazem parte deste disco, há algum tema que te toque em particular? Porquê?
MM - O tema "Dou-te Um Doce" porque gostei muito do resultado final. A simplicidade, os espaços entre os instrumentos, a interpretação... Foi das versões mais demoradas de concluir. Demos muitas voltas, mas no fim ganhou a simplicidade.
PR - Numa frase apenas como caracterizarias este ”Lá Vai Ela?
MM - É um excelente disco para momentos que não se levam a sério.
PR - Depois do disco, vamos ter oportunidade de ver e ouvir as canções de “Lá Vai Ela” em palco?
MM - Sim, claro! Está previsto entre o final deste ano e o início do próximo apresentarmos em Lisboa o nosso espetáculo para 2013 que incluirá temas dos nossos dois discos.
PR - Para terminar, a década de 80 continua a ser uma referência obrigatória para quem quer conhecer o melhor da nossa história musical recente?
MM - A década de 80 foi de facto marcante na nossa música por diversas razões e não só musicais. No entanto "Lá Vai Ela!" não se restringiu apenas a uma década. Se o primeiro disco foi balizado temporalmente, este segundo não tem qualquer tipo de medida temporal. O universo feminino é poderosamente dinâmico e intemporal e daí ser tão inspirador. Talvez essa seja a maior razão porque "Lá Vai Ela!" é menos "fechado" comparativamente ao primeiro trabalho. É um disco que de música para música muda facilmente de roupa. Afinal de contas, é um disco sobre mulheres cantado por uma mulher.
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