25/03/2013

ALA DOS NAMORADOS | Discurso Direto


"Razão de Ser", é este o registo que marca o regresso aos discos da Ala dos Namorados. Um álbum que materializa 20 Anos de Carreira. António Zambujo, Carlos do Carmo, Carlos Nobre (Carlão), Dany Silva,  João Gil, Jorge Palma, Rão Kyao, Rui Pregal da Cunha, Shout e Susana Félix são apenas alguns dos músico e amigos que se juntam à "festa", e que se integram na perfeição no universo da banda, conferindo uma total originalidade ao reportório da Ala dos Namorados. Manuel Paulo é hoje o meu convidado em "Discuro Direto".

Portugal Rebelde - No press release de “Razão de Ser”, João Monge escreveu: “Aos que tocam, aos que cantam, aos que revisitam estas canções da Ala, entrem, sentem-se e estejam à vontade que esta é uma casa com janelas.” Foi esta “casa com Janelas” que fez da Ala dos Namorados um projeto singular?

Manuel Paulo - A metáfora do João Monge é perfeita, no sentido em que a Ala dos Namorados sempre foi permeável a várias “linguagens” musicais, apropriando-se delas de uma forma bastante característica, o que contribui sem dúvida para a singularidade do nosso som. Aliando a composição ao tipo de arranjos e instrumentação e com a voz do Nuno, creio que temos realmente um som bastante singular.

PR - “Razão de ser” inclui 15 temas para os quais foram convidados instrumentistas e cantores das mais diferentes áreas. António Zambujo, Carlos do Carmo, Carlos Nobre (Carlão), Dany Silva, João Gil, Jorge Palma, Rão Kyao, Rui Pregal da Cunha, Shout e Susana Félix são apenas alguns dos músicos convidados. A que se ficou a dever a escolha destes convidados?

MP - O critério teve básicamente a ver com uma identificação musical, independentemente do estilo musical do músico convidado estar mais ou menos próximo do estilo da ALA. Se nalguns casos a escolha foi mais previsível, noutros terá sido mais inesperada, mas criou-se uma unidade. Todos os convidados trouxeram a sua personalidade às nossas canções e sentiram-se em casa no universo do grupo.

PR - O sucesso da Ala dos Namorados fica muito a dever-se ao principal letrista do grupo, João Monge?

MP - Acho que o reconhecimento da Ala tem a ver com a soma das partes. A composição, instrumentação, arranjos, a voz… Óbviamente que as letras do Monge contribuem em muito para isso, tal como a forma de compor sobre elas, de as tocar e de as cantar.

PR - Depois da edição de “Razão de ser”, vamos ter a oportunidade de ouvir aas canções deste disco em “palco”’?
 
MP - Claro que sim, e sempre que possível ter a participação de um ou mais convidados.

PR - Para terminar, que memórias guardam destes 20 anos de Ala dos Namorados?

MP - Essa é uma história comprida, ou melhor, muitas histórias, umas curtas e outras compridas, mas o que mais nos marcou foram sem dúvida os muitos concertos e viagens que fizemos dentro e fora de Portugal e também termos vindo ao longo desses vinte anos a apurar a nossa linguagem e personalidade musical.


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