27/03/2013

AZÁFAMA | Discurso Direto


A Azáfama nasce em finais de 2010, numa fase em que a indústria musical se tenta (re)encontrar. No entanto, a música portuguesa raramente fervilhou tanto, em termos de ideias, dinâmica e projecção. Por isso, mais do que assistir a esta azáfama, os fundadores preferiram vivê-la e contribuir para o seu crescimento, dedicando-se desde então à gestão de carreiras, ao agenciamento, à edição discográfica e à produção de eventos. Na noite de 6 de Abril, a “família” da Azáfama estará pela primeira vez Toda ela reunida para um concerto único no Teatro do Bairo, em Lisboa. Em "Discurso Direto" são meus convidado os Trêsporcento, alguns dos talentos que irão abrilhantar esta "Festa de Família"

Portugal Rebelde - Na noite de 6 de Abril, a “família” da Azáfama estará pela primeira vez toda ela reunida para um concerto único, no Teatro do Bairro. Que “surpresas” estão preparadas para esta Festa de família?

Trêsporcento - Se disséssemos deixariam de ser supresas, não é? O que podemos garantir é que será uma coisa diferente, muito especial. Vão passar-se coisas em palco que ficarão para a história. Estamos muito entusiasmados.

PR - Para além dos Trêsporcento, estarão em cima do palco do Teatro do Bairro, os Capitão Capitão, f l u m e, O Martim, Tupã Cunun e Vitorino Voador. Este é um sinal da vitalidade dos novos talentos da Música Portuguesa?

TPC - Em primeiro lugar, é um sinal da vitalidade dos artistas representados pela Azáfama. Mas concordamos que isso é um sinal da vitalidade da música independente portuguesa, porque é disso que se trata. O que nós sentimos é que esta vitalidade ainda passa despercebida a muita gente, ao público menos atento, e gostávamos que esta festa servisse para chamar a atenção dessas pessoas.

PR - Para além do concerto, estão preparadas mais algumas “surpresas” para a noite de 6 de Abril?

TPC - Para além do concerto, sabemos que vai haver uma “dj battle” dedicada aos anos 90 (a década onde praticamente todos nós na Azáfama aprendemos a ouvir música, não necessariamente música dos anos 90, mas também), e a partir daí vale tudo.

PR - Depois do EP “Trêsporcento” (2009) e “Hora Extrordinária” (2011), “Quadro” é o vosso mais recente trabalho. Este é o disco que melhor retrata o indie pop rock dos Trêsporcento?

TPC - É. Nós vemos este disco como um complemento ao Hora Extraordinária. São duas faces da mesma moeda, sendo que o Quadro é um aperfeiçoamento, é um disco onde conseguimos fazer melhor aquilo que queríamos. Nesse sentido, é, sem dúvida, o disco que mais nos agrada - e por isso ele representa 80% do nosso actual alinhamento ao vivo - e o fim desse ciclo para nós. O que fizermos a partir de agora não terá esse carácter de continuidade que teve o "Quadro", isso é uma certeza.

PR - Para terminar, diz-me duas razões para que ninguém falte a esta “festa de família” da Azáfama, no Teatro do Bairro?

TPC - Para quem gosta de nós (esta é a primeira): nós estaremos lá. Para quem não gosta de nós (esta é a segunda): estará lá Capitão Capitão, f l u m e, O Martim, Tupã Cunun, e Vitorino Voador. E ainda dizemos uma terceira: esta gente toda estará lá unida pelo enorme respeito e amizade pelo Pedro Valente. Por isso, livrem-se de faltar.


Sem comentários:

/>