Relâmpago (João Melo) - voz e guitarra, Osíris - baixo e voz, Electrion - bateria, Atlântida - violino e Indra - teclados, os cinco heróis da Fúria do Açúcar estão de regresso. Em 2013 vestem-se a rigor para dizer a brincar o que toda a gente quer ouvir! "A Fúria Contra-Ataca" (Iplay, 2013) é o novo disco, uma ideia “retro-progressiva”, "porque estamos convictos que não há futuro sem uma memória.", confessou João Melo ao Portugal Rebelde.
Portugal Rebelde - Depois de um longo “silêncio” a Fúria do Açúcar está de regresso aos discos. A que se ficou a dever este “contra ataque”?
João Melo - Na altura em que parámos não tínhamos mais nada a acrescentar. Desde aí tivemos percursos noutras áreas musicais, acumulámos experiências, amadurecemos e sentimos necessidade de voltar porque temos algo novo e quiçá único para dizer, mantendo a matriz que caracteriza a banda. Só voltámos porque estas condições estavam reunidas e nunca mas nunca para nos tornarmos numa banda de tributo a nós próprios!
PR - ”Brincar na banheira” foi a canção escolhida para apresentação deste novo trabalho. Este é o tema, que melhor retrata o “espírito” deste disco?
JM - Na nossa opinião não é o tema que melhor caracteriza o espírito deste CD, no entanto foi o escolhido num consenso entre várias entidades. Aborda uma temática pela qual temos muito interesse e que raramente foi explorada na nossa carreira, por isso decidimos experimentar.
PR - Em “Já Chega” cantam: “Está na hora de dar a nega/Partir a louça toda e gritar sem medo/Já chega!” Este é um grito de revolta?
JM - Sim! Só agora vai sair editado mas essa revolta já tem muito tempo. Também é verdade que há mais de dois anos, quando isto foi criado, poderia soar demasiado extremista, logo, passar ao lado do interesse do público mas nunca tivemos dúvida que a hora de sentirem na pele iria chegar mais cedo ou mais tarde.
PR - Numa frase apenas como caracterizarias este “A Fúria Contra-Ataca”?
JM - É uma ideia “retro-progressiva” na medida em que com o conhecimento que temos do presente, olhamos para o passado para projectar o futuro, porque estamos convictos que não há futuro sem uma memória.
PR - No próximo dia 26 de Julho, “A Fúria Contra-Ataca”, é apresentado no Teatro do Bairro, em Lisboa. Que “surpresas” estão reservadas para este concerto?
JM - Se as enunciarmos deixam de ser surpresas; a única coisa que posso dizer é que vai valer a pena aparecer!
PR - Para terminar, por onde passa o futuro próximo de A Fúria do Açúcar?
JM - Neste momento passa pela divulgação do trabalho, depois logo se verá. Como dizíamos numa letra do terceiro CD de 1999: “nada é mais certo que a incerteza, ter casa e acabar num abrigo...” Hoje em dia, então, alguém pode dizer com certeza o que fará amanhã?
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