OS AZEITONAS | Discurso Direto

"Az", é este o mais recente disco d´Os Azeitonas. "É o pander! É o produto destes últimos anos loucos na estrada, um disco que retrata toda essa dinâmica. Musicalmente, é o concretizar dos nossos sonhos mais loucos." É desta forma que Miguel Araújo retratou em "Discurso Direto" o 4º álbum da banda.

Portugal Rebelde - É verdade que este “Az” foi gravado e produzido em condições muito favoráveis para o grupo?

Miguel Araújo - Sim, tanto financeiras como anímicas. Vínhamos de um período de muitos CDs vendidos e muitos concertos, e decidimos reinvestir grande parte desses rendimentos em quintuplicar o orçamento que habitualmente dispensemos para as gravações dos álbuns.

PR - ”Ray-Dee-Oh” foi o single escolhido para apresentação deste novo álbum. Qual foi a inspiração” que esteve na origem desta canção?

MA - A letra tem a ver com a forma como o consumo musical se vem alterando nos últimos anos. E como a internet finalmente encontrou uma solução que se substitui ao papel das rádios como forma de conhecer música nova. Falo dos serviços de consumo de música em streaming.

PR - É verdade, que "Angelus", uma das 11 canções deste disco, nasceu no “submundo” de um autocarro em viagem?

MA - Sim, é o nome que demos ao andar de baixo do autocarro que nos leva por esse pais afora. Nesse andar em concreto joga-se às cartas. Eu não, mas ia ali a ouvir os termos (manilhas, vazas, etc), expressões que desconheço mas que juntei tudo numa letra que acaba por ser uma metáfora do desgaste que esta vida de estrada provoca na gente.

PR - A capa do vosso álbum retrata toda a vossa equipa. O sucesso do projeto “Os Azeitonas” também passou pelo empenho de todo este grupo?

MA - Sim, não há hierarquias. As condições (horários, refeições, estadias), sao as mesmas para todos e isso faz com que a malta crie um espírito porreiro.

PR - Nos dias 2 e 15 de Novembro, apresentam nos Coliseus do Porto e lisboa este novo trabalho. Que “surpresas” estão reservadas para estes concertos?

MA - Vamos tentar reproduzir o lado mais ambicioso e ousado, musicalmente, do disco, nesses concertos. E nunca mais se repetirá. Vai ser uma autêntica parada supersónica. 

PR - Para terminar, numa palavra, como descreverias este “Az”?

MA - É o pander! É o produto destes últimos anos loucos na estrada, um disco que retrata toda essa dinâmica. Musicalmente, é o concretizar dos nossos sonhos mais loucos.