20/07/2013

SOPHIA | Discurso Direto


A música para Sophia foi um "amor" à primeira vista. A artista está ligada ao meio musical desde há alguns anos, quer através de projectos próprios, quer ligada a bandas onde participou como convidada para voz principal e backing vocals. Foi nomeada para melhor voz, fez as primeiras partes de concertos de nomes conhecidos por todos como Rui Veloso ou Nuno Guerreiro, mas nunca deixou de procurar a sua própria identidade. Hoje, em "Discurso" Direto“ conversamos com Sophia a propósito da edição do álbum "Amor à segunda vista”; "música portuguesa, sem qualquer preconceito em assumir as várias influências da música do mundo."

Portugal Rebelde - O que é que procurou retratar neste “Amor à Segunda Vista”?

Sophia - Quis retratar a minha maneira de ver e sentir a música portuguesa e ao mesmo tempo juntar o meu gosto pelas músicas tradicionais de alguns países, com a nossa música tradicional portuguesa. São essas as influências que procurei retratar ao longo das dez músicas que integram o álbum. É assim que me vejo a cantar em português.

PR - AC Firmino, disse que vê este álbum como uma viagem de influências, um álbum ecléctico que viaja pelo Mundo sem nunca perder de vista a Lusofonia. É esta a “viagem”, que vamos poder descobrir neste álbum?

Sophia - Sim, sem dúvida. Em cada música sente-se as várias influências, desde o Tango, o Bolero, a Morna, até chegar ao fado, todas as músicas estão interligadas com instrumentos bem portugueses como o cavaquinho, a guitarra portuguesa e a minha maneira de cantar e sentir a música. Pode-se dizer que desta mescla de sonoridades saiu o meu trabalho, uma viagem pelo mundo sem nunca esquecer as minhas raízes.

PR - Ouvir a tua voz” foi a canção escolhida para apresentação deste disco de estreia. Este é o tema, que melhor retrata o “espírito” deste trabalho?

Sophia - “Ouvir a tua voz “ é o tema que sem retratar por completo o disco e sem correr o risco de se estereotipar o trabalho como sendo um álbum só de Fado, Tango, ou Bolero, nos dá uma ideia do caminho que será percorrido. E além disso é um tema “fresco” e que de certa forma nos deixa bem dispostos, com vontade de descobrir o resto do trabalho.

PR - Numa frase apenas – ou talvez duas – como caracterizaria este “Amor à Segunda Vista”?
Sophia - “Amor à segunda vista” é música portuguesa, sem qualquer preconceito em assumir as várias influências da música do mundo.

PR - A poesia de Alexandre O´Neill, David Mourão Ferreira e João Monge estão presente neste disco. Estes também são “amores” antigos?

Sophia - Sim, já há muito tempo que queria cantar, as letras destes poetas, os dois primeiros porque são dois dos grandes poetas contemporâneos do século XX e o João Monge porque é uma referência incontornável como letrista e compositor. Por isso fiquei muito feliz por poder dar a minha alma ás letras destes grandes poetas e escritores.

PR - Para terminar, a música será sempre um “amor” que não quer perder de vista? 

Sophia - A música quando apareceu na minha vida, foi na verdade, um amor à primeira vista, assim que a senti, soube que era este o meu caminho, nunca mais fui a mesma e a vida tomou um outro rumo, ficou muito mais colorida. Nestes anos todos, surgiram muitas adversidades mas a música foi sempre a minha força, por isso, é sim e será um amor que não quero perder de vista.


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