Para celebrar o primeiro ano da edição de "Olympia", Minta & The Brook Trout resolveu assinalar esta data com a edição do EP digital "Out Of Washington State", uma carta de amor lo-fi ao estado do Washington e aos seus compositores, nas palavras de Francisca Cortesão, que hoje é a convidada do Portugal Rebelde em "Discurso Direto".
Francisca Cortesão - A gravação foi feita uns dias depois de um concerto que dei com a Mariana Ricardo em casa de uns amigos que começaram a fazer uma programação de música ao vivo na sala, as MagaSessions. Quisemos tocar canções de outras pessoas, e quando começámos a escolher reparámos que vinham todas do mesmo sítio: Washington (estado, não cidade). Ficámos contentes com as versões que tínhamos feito para o concerto e propusemos ao Pedro Magalhães gravá-las ao vivo, no mesmo sítio. Quando o "Olympia" fez um ano resolvemos lançar essa gravação como EP digital como celebração de um ano muito bom e como agradecimento a todos os que nos têm acompanhado.
PR - Neste EP encontramos versões para originais de Beck, Kimya Dawson, Mirah, Mount Eerie com Julie Doiron e Frederick Squire ou os esquecidos D+. Estes são alguns dos nomes que continuam a inspirar as canções de Minta & The Brook Trout?
FC - São, sem dúvida. O "Lost Wisdom", do Mount Eerie com a Julie Doiron e o Fred Squire é dos meus discos favoritos de sempre. E a Mirah é das compositoras e intérpretes que mais gozo me dá ouvir.
PR - Neste disco, há ainda uma nova abordagem a "From The Ground" e "And A One", original de Mariana Ricardo. Queres falar-nos um pouco dessas canções?
FC - "From the ground" é talvez a canção mais antiga do "Olympia", deve ter sido feita pouco depois de lançarmos o disco anterior. Das minhas músicas é uma das melhores e sabíamos que funcionava em duo porque já tínhamos experimentado em concertos anteriores. Achámos também que se enquadrava com as canções do Washington que escolhemos. Já o "And a one" é uma das muitas canções da Mariana de que muito gosto. Nunca tínhamos tentado tocá-la assim mas eu propus-lhe e, como funcionou à primeira, entrou no alinhamento.
PR - Numa frase apenas como caracterizarias este "Out Of Washington State"?
FC - Uma carta de amor lo-fi ao estado do Washington e aos seus compositores.
PR - Este disco foi recentemente apresentado ao vivo. Como é que o público recebeu as canções de "Out Of Washington State"?
FC - Muitíssimo bem. Foi no passado dia 5 de Outubro na Casa Independente, onde eu e a Mariana tocamos todos os meses com a nossa outra banda, They're Heading West, e por isso nos sentimos muito em casa. E foi à tarde, no lindíssimo terraço, recriando o ambiente de concerto entre amigos para o qual estas canções foram inicialmente escolhidas.
PR - Para terminar, o Pedro Ramos escreveu que “mais que um EP ou mini-álbum, "Out Of Washington State" é uma estação de serviço. Para “esticar as pernas” ou para retemperar energias?
FC - É uma "estação de serviço" onde quem gosta de nos ouvir em disco pode ir buscar canções novas. E entretanto não parámos. O próximo projecto é fazer algumas apresentações ao vivo a meias com o João Correia, dos Tape Junk como Minta & Tape Junk. Cantamos e tocamos as músicas um do outro. Os ensaios foram um prazer, assim como a primeira apresentação, que fizemos para amigos no mês passado. O João é um dos meus compositores favoritos e é uma honra entrar no universo canções dele – e ouvir as ideias dele para as minhas.
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