Hoje recebemos "em casa" Celina da Piedade, acordeonista, cantora, e compositora. É já no dia 28 de Novembro às 23.30h, que Celina da Piedade se apresenta ao vivo no Teatro de S. Luiz (sala Jardim de Inverno), em Lisboa. Celina da Piedade editou no último ano o seu primeiro disco a solo “Em Casa”, um disco duplo com alguns temas originais e outros tantos tradicionais. Neste disco para além das interpretações a solo, Celina convidou alguns amigos a fazer parte deste projecto: Kepa Junkera, Rodrigo Leão, Kelly Thomas, Samuel Úria, Omiri, Gaiteiros de Lisboa, entre muitos outros artistas e amigos com quem teve a oportunidade de se cruzar ou colaborar durante o seu percurso musical.
Portugal Rebelde - Depois de muitos anos a acompanhar e a compor para muitos artistas, porquê só em 2012 o seu primeiro disco a solo?
Celina da Piedade - Olá ao Portugal Rebelde! O meu primeiro disco a solo só surgiu em 2012 exactamente por esse motivo, porque o corropio da colaboração com outros não me deixava muito tempo livre para me dedicar a pensar a sério num projecto a solo... Andava tão feliz a fazer música por todos os lados, que nem pensava nisso. Foi preciso viver muita coisa, experimentar musicalmente, deixar que a vontade nascesse em mim. O desejo de fazer algo em meu nome foi crescendo gradualmente, até ser enorme, e concretizou-se quando tive a alegria de conhecer o Alex Gaspar, meu marido e parceiro neste projecto, que puxou por mim e fez com que as coisas acontecessem!
PR - Durante os últimos meses percorreu os palcos Nacionais e Internacionais, com a tourné “Em Casa”. Qual tem sido o “feddback” do público?
Celina da Piedade - A tournée tem corrido muito bem, os concertos são sempre festas magnificas! Em palco temos sido quatro - eu no acordeão e voz, o Alex no baixo electrico e no serrote musical, a Tânia Lopes nas percussões, o Mike Simões nas cordas tradicionais- e divertimo-nos imenso, temos tocado bastante, as salas têm estado cheias, e os concertos têm terminado sempre com o público a cantar e a dançar nas bancadas, o que é lindo de se viver, e nós saimos com grandes sorrisos nos lábios, claro!
PR - Numa frase – ou talvez duas – como caracterizaria o álbum “Em Casa”?
Celina da Piedade - É uma espécie de resumo do meu universo musical até aquela data, porque junta músicas que eu fui reunindo e compondo ao longo dos anos, desde 2000. Por isso mesmo é uma festa de partilha musical com todos os amigos que nele participam, que são mais de trinta, e é também uma forma de lhes agradecer por estes anos todos a fazermos música juntos, noutros projectos, noutras sonoridades. É também um disco que agradece ao público dos baile folk, e de festivais como o Andanças e o Fest-i-ball, que foram a verdadeira inspiração para a maioria das vinte músicas do albúm! Foram três frases!
PR - No próximo dia 28 de Novembro, apresenta no Teatro S. Luíz (Sala Jardim de inverno) as canções deste disco. Que “surpresas” estão reservadas para este espectáculo?
Celina da Piedade - As surpresas serão grandes, do tamanho do talento dos convidados que vamos ter connosco! Serão pelo menos três, artistas bastante acarinhados pelo público português (e em particular o Lisboeta), talvez os que na minha geração mais admiro! São vozes que representam uma nova forma de fazer e cantar música portuguesa, e que no nosso concerto vêm se prestar a uma nova tarefa: pôr o público a dançar! Irão ver as suas canções ganharem novas dimensões nos pés do público que irá ocupar o chão da sala em coreografias de danças tradicionais, que encaixam umas nas outras que nem uma luva! O repertório também trará algumas novidades- para além das músicas dos convidados! Até músicas de Natal... mais não digo!! Terão que lá ir para ver! Acredito que vá ser uma grande festa, pela proposta diferente de ter o público a dançar e a participar activamente, e não sentado numa platéia como é mais habitual, e acima de tudo porque estes concertos especiais são um bom argumento para nos divertirmos!
PR - Peço-lhe que me dê duas razões para que ninguém fique “em casa” no próximo dia 28 de Novembro.
Celina da Piedade - Será uma noite única, com convidados mesmo muito especiais, belas surpresas, num ambiente que será impossivel repetir! Um baile folk, como poderão constatar por vós mesmos, é o local ideal para conhecer caras novas e interagir de uma forma diferente, mais proxima de um ideal comunitário, mas sem formalismos de qualquer especie! É para dançar, ver dançar, cantar, e se divertirem, muito!
PR - Para terminar, para quando um novo trabalho?
Celina da Piedade - Já estamos a trabalhar nisso, mas as datas ainda não estão marcadas! Para além deste projecto a solo continuo a trabalhar com o excelente Rodrigo Leão, e continuo a fazer colaborações frequentes com outros artistas e outras artes. De certa forma não consigo separar uma coisa das outras, tudo é trabalho em progresso, e o disco que virá será mais um ponto numa viagem cheias de pontos e paragens felizes!
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