14/07/2014

JOÃO MARTINS | Discurso Direto


Natural de Coimbra, João Martins estudou com Filipe Melo, em Lisboa, antes de ter ido estudar na Berklee College of Music, em Boston, onde se formou em Performance de Piano e Film Scoring. Antes de se mudar para os EUA, morou em Salvador da Bahia, no Brasil, onde estudou os ritmos e as músicas tradicionais da região. Gravado em Boston e em Nova Iorque, “The Sky Over Brooklyn” é o álbum de estreia de João Martins, pianista e percussionista a viver em Nova Iorque.

Portugal Rebelde - “The Sky Over Brooklyn” é um disco que retrata um pouco de tudo aquilo que foi vivendo e aprendendo?

João Martins - Definitivamente. Inclui as influências dos estilos tradicionais e folclóricos da música brasileira, do jazz moderno americano e das composições para bandas sonoras de filmes.

PR - Antes de se instalar em Nova Iorque, viveu durante algum tempo em S. Salvador da Bahia. Que influências musicais foi beber à música brasileira?

JM - Em São Salvador da Bahia estudei vários ritmos tradicionais e folclóricos (samba de roda, cabula, congo, pagode baiano, ritmos de capoeira, maracatu, ijexá, samba, samba duro, etc.). Esses estilos criam a base de muita da música deste álbum, tanto em termos de groove como da sonoridade que tentei alcançar. Em Salvador, as pessoas com quem aprendi mais foram o Kinho Santos, da Oficina de Investigação Musical, e o Mestre João do Morro, da Capoeira Kilombolas. Mas a música brasileira é muito vasta e diversa. Antes de morar em São Salvador, tinha estudado bastante o samba do Rio de Janeiro, que tem um feel e um fraseado muito diferentes do resto do Brasil. Essa é mais uma influência no que toco e componho.

PR - Numa frase apenas – ou talvez duas – como caracterizaria este “The Sky Over Brooklyn”?

JM - É um álbum que tenta apresentar algo de novo, combinando diferentes conceitos artísticos e respeitando sempre as tradições que inspiram essa inovação. E, idealmente, criar algo de belo.

PR - Atualmente atua em Nova Iorque com o “João Martins Quartet”. Qual tem sido o “feedback” que tem recebido dos nova-iorquinos?

JM - Por enquanto, muito bom. Desde as pessoas que compraram o álbum ao público nos espetáculos, as reações têm sido entusiásticas.

PR - O álbum “The Sky Over Brooklyn” ainda não se encontra disponível em Portugal. Como é que todos os interessados podem adquirir este disco?

JM - A maneira mais fácil é através destes sites:



Entretanto, estamos a tentar conseguir distribuição em Portugal.

PR - Para terminar, é sob o céu de Nova-Iorque que vai continuar a mostrar a sua música?

JM - O plano é continuar em Nova Iorque. Sempre com a perspetiva de poder levar o quarteto a outras partes do mundo para partilhar o que fazemos.

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