Natural de Coimbra, João Martins estudou com Filipe Melo, em Lisboa, antes de ter ido estudar na Berklee College of Music, em Boston, onde se formou em Performance de Piano e Film Scoring. Antes de se mudar para os EUA, morou em Salvador da Bahia, no Brasil, onde estudou os ritmos e as músicas tradicionais da região. Gravado em Boston e em Nova Iorque, “The Sky Over Brooklyn” é o álbum de estreia de João Martins, pianista e percussionista a viver em Nova Iorque.
Portugal Rebelde - “The Sky Over Brooklyn” é um disco que retrata um pouco de tudo aquilo que foi vivendo e aprendendo?
João Martins - Definitivamente. Inclui as influências dos estilos tradicionais e folclóricos da música brasileira, do jazz moderno americano e das composições para bandas sonoras de filmes.
PR - Antes de se instalar em Nova Iorque, viveu durante algum tempo em S. Salvador da Bahia. Que influências musicais foi beber à música brasileira?
JM - Em São Salvador da Bahia estudei vários ritmos tradicionais e folclóricos (samba de roda, cabula, congo, pagode baiano, ritmos de capoeira, maracatu, ijexá, samba, samba duro, etc.). Esses estilos criam a base de muita da música deste álbum, tanto em termos de groove como da sonoridade que tentei alcançar. Em Salvador, as pessoas com quem aprendi mais foram o Kinho Santos, da Oficina de Investigação Musical, e o Mestre João do Morro, da Capoeira Kilombolas. Mas a música brasileira é muito vasta e diversa. Antes de morar em São Salvador, tinha estudado bastante o samba do Rio de Janeiro, que tem um feel e um fraseado muito diferentes do resto do Brasil. Essa é mais uma influência no que toco e componho.
PR - Numa frase apenas – ou talvez duas – como caracterizaria este “The Sky Over Brooklyn”?
JM - É um álbum que tenta apresentar algo de novo, combinando diferentes conceitos artísticos e respeitando sempre as tradições que inspiram essa inovação. E, idealmente, criar algo de belo.
PR - Atualmente atua em Nova Iorque com o “João Martins Quartet”. Qual tem sido o “feedback” que tem recebido dos nova-iorquinos?
JM - Por enquanto, muito bom. Desde as pessoas que compraram o álbum ao público nos espetáculos, as reações têm sido entusiásticas.
PR - O álbum “The Sky Over Brooklyn” ainda não se encontra disponível em Portugal. Como é que todos os interessados podem adquirir este disco?
JM - A maneira mais fácil é através destes sites:
Entretanto, estamos a tentar conseguir distribuição em Portugal.
PR - Para terminar, é sob o céu de Nova-Iorque que vai continuar a mostrar a sua música?
JM - O plano é continuar em Nova Iorque. Sempre com a perspetiva de poder levar o quarteto a outras partes do mundo para partilhar o que fazemos.
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