Dois anos e meio após o álbum de estreia, o músico e compositor Ludgero Rosas, apresenta o seu novo trabalho discográfico "Esboço de Mim". Com uma sonoridade ligada ao blues e ao jazz, o piano, instrumento de eleição do músico, tem o papel principal, neste registo integralmente composto e produzido pelo próprio. Ludgero Rosas, é hoje o meu convidado em "Discurso Direto".
Portugal Rebelde - "Foi sem Contar" foi a canção escolhida para single de avanço deste 2º trabalho. Este é o tema que melhor retrata o "espírito" deste "Esboço de Mim"?
Ludgero Rosas - "Foi Sem Contar" é um tema alegre e ritmado. Em parte é esse o espírito deste disco, um clima de felicidade e realização pessoal mas no entanto está longe de ser o tema que melhor retrata o disco pois todos os temas são distintos no que toca à sonoridade e temas abordados. O que melhor retrata o disco é de facto a junção dos nove temas. Aqui fica uma boa desculpa para incentivar o público a ouvir o disco todo. (risos)
PR - A sonoridade deste disco está muito ligada ao blues e ao jazz. Esta é uma das suas paixões?
LR - Sem dúvida que são os dois estilos que mais me preenchem a alma e daí escolher de forma livre trabalhar as minhas canções dentro desses géneros musicais.
PR - Num frase apenas como caracterizaria este "Esboço de Mim"?
LR - Um disco onde deixo algumas das mais íntimas revelações da minha vida.
PR - Dino d´Santiago é um dos convidados deste disco. Quer falar-nos um pouco da sua participação no tema "Seis da Tarde"?
LR - Dino d' Santiago é um dos meus melhores amigos e a sua participação vem pelo facto de num dia que veio jantar a minha casa ter acontecido estarmos os dois ao piano e daí resultou a melodia principal deste tema. O dueto surge por isso e também porque ao escrever a letra senti que o tema é algo que o próprio Dino poderia ter escrito. Fala da confusão que se sente nos meios urbanos e a necessidade de procurar a paz e tranquilidade.
PR - O que é que o público pode esperar de si nos concerto ao vivo?
LR - O público pode esperar a maior entrega e emoção pois é a única forma que tenho de fazer aquilo que mais gosto que é tocar. Para mim é sempre um presente que a vida me dá cada vez que tenho o prazer de partilhar música em palco com um bom piano.
PR - "Natural" e "Paixão", continuam a ser as palavras que norteiam o seu caminho?
LR - Continuam e continuarão até ao fim da minha vida. A música que faço de forma natural e sem manipulações pois assumo-me como um artista totalmente independente de interesses comerciais e a paixão está sempre presente pois na minha forma de ver as coisas, não há outra forma possível de tornar a música genuína.
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