NTS | Discurso Direto

O rapper portuense NTS, acaba de lançar o seu disco de estreia. "#NovosTempos" é o resultado da evolução de NTS, diminutivo de "Não Tem Significado", onde o Soul, o R&B e o HipHop se fundem em harmonia. NTS conheceu o poder da rima aos 13 anos vencendo várias batalhas de Freestyle e é com “poesia violenta” que abraça com as palavras diversas causas sociais. Empreendedor por natureza reúne as mais certeiras “skills” e capacidades de improviso que o destaca no panorama musical nacional. É com grande significado que o recebemos no Portugal Rebelde.

Portugal Rebelde - Depois de uma exposição mediática na televisão e no Youtube, este era o momento certo para lançares teu primeiro disco?

NTS - Nunca há momento certo para lançar o 1º disco, é um bocado como ter um filho, há quem ande anos à espera da estabilidade e depois descobrem que isso não existe, está tudo sempre a girar, o importante é fazer!

PR - O improviso é uma parte importante no teu processo de criação?

NTS - Claro, a minha raiz é essa, nada sai sem antes improvisar.

PR - "Contra Lição" foi o último dos três singles de avanço deste disco. Este é o tema que melhor retrata o “espírito” de #NovosTempos”?

NTS - Não acredito que seja o que melhor representa o espirito de novos tempos mas é sem duvida uma afirmação de Novos Tempos como mc, cansei-me de me preocupar com o que os outros pensam e comecei a dizer tudo o que penso.

PR - Numa rima como caracterizarias este teu disco de estreia?

NTS - “rimas soltas como colagens que fazia, em tempo de aprendizagem na escola da freguesia”

PR - O que é que o público pode esperar dos teus concertos?

NTS - Sorrisos na cara! A música que faço, independentemente do tema ou estilo que escolha, resulta sempre em boa energia. Mesmo pegando no tema ‘Contra Lição’ que é mais ‘hardcore’, as pessoas cantam com raiva e a “raiva só é má quando a alma é má também”

PR - A cantiga (ainda) é uma arma nos novos tempos que atravessamos?

NTS - Claro! A arma mais forte continua a ser a palavra.

PR - Para terminar, consideraste um “rebelde” na música e na vida?

NTS - Se ser rebelde for fugir à norma, sim. Não tenho um trabalho, faço o que gosto. A música é um reflexo daquilo que sou, por isso é rebelde também.