15/04/2017

LUÍS PEIXOTO | Discurso Direto


Luís Peixoto é musico e multi-instrumentista, trabalha desde 2001 na área da música folk. Após um percurso profissional extenso em que conta com várias colaborações noutros projectos, lança agora o seu primeiro álbum a solo, “Assimétrico”, acompanhado por Quiné Teles nas percussões, Miguel Quitério nos sopros e Anders Perander na guitarra. Hoje em "Discurso Direto" é meu convidado Luís Peixoto.

Portugal Rebelde - O teu percurso musical é marcado pela música de raiz tradicional. Cresceste numa época em que a música electrónica influenciou a tua cultura. Foi difícil resistir à tentação de fundir o folk e a eletrónica?

Luís Peixoto - Foi tão difícil que não consegui resistir. A música com forte presença de elementos electrónicos sempre me atraiu, tal como a música folk ou de raiz tradicional. Mas sempre que ouvimos estes géneros musicais, geralmente vêm afastados um do outro. Acho que é por isso que, normalmente, quem conhece bem a musica folk, desconhece totalmente a electrónica e vice-versa. A fusão que eu fiz é muito pessoal mas acho que traz alguns encontros inesperados.

PR - Este disco conta com a participação especial de Fabíola Augusta (voz) em "Repara bem que afinal" com letra de Sebastião Antunes. Queres falar-nos um pouco deste encontro?

Luís Peixoto - Já acompanho o Sebastião Antunes há alguns anos e sempre gostei muito da forma como escreve. Quando surgiu a ideia de ter uma canção no disco, ele foi a primeira pessoa em quem pensei para escrever a letra. Fiquei muito feliz por ele ter aceitado o convite, assim como a Fabíola que eu conhecia há alguns anos de uma bando do Porto chamada “Rakia”. A Fabíola veio dar a voz que eu procurava para o “Repara bem que Afinal”.



PR - Numa frase apenas como caracterizarias este “Assimétrico”?

Luís Peixoto - Eu diria que é um disco que conta histórias diferentes, que parte da fonte acústica mas que viaja por vários territórios sonoros, usando recursos de programação eléctronica.

PR - A que se fica a dever a escolha de “Assimétrico” para título deste disco?

Luís Peixoto - O título veio depois das composições. No disco houve alguma despreocupação em compor segundo regras. O álbum passa por territórios diversos e as músicas são também o resultado de experiências como produtor e compositor. “Assimétrico” é o titulo que de alguma forma mostra esta desigualdade das disposições relativas.

PR - Já tiveste oportunidade de apresentar as canções deste disco. Qual tem sido o “feedback” que tem recebido do público?

Luís Peixoto - Acho que há alguma curiosidade em relação a outros projectos onde eu participo ou já participei, por ser o meu primeiro álbum em nome próprio. Já tive algumas apresentações e o “feedback” tem sido muito positivo.


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