Ela Vaz destacou-se por participações em discos como "Cancionário", de Ricardo Parreira, ou "Aurora", do Lisboa Stockholm Project, projecto pioneiro de fusão entre fado, música tradicional portuguesa e música nórdica, de que fez parte entre 2011 e 2013. "Eu", o seu primeiro disco a solo, acaba de chegar às lojas, um álbum que surgiu da necessidade de afirmação d´Ela.
Portugal Rebelde - Após dar rosto e voz e diversos trabalhos musicais, “Eu”, é assim uma vontade de afirmação pessoal?
Ela Vaz - Este disco surgiu mesmo de uma necessidade de afirmação pessoal. Durante cerca de 10 anos participei em diversos projetos muito interessantes e que foram muito importantes para a minha carreira. Foi um percurso que me permitiu amadurecer como pessoa e artista. Chegou um dia em que percebi que tinha chegado a altura de seguir um caminho traçado por mim.
PR - Alegrias, tristezas, sonhos, ilusões e vontade. É de tudo isto que se faz o seu canto?
Ela Vaz - Eu sou uma cantora muito emocional. Não consigo separar as duas coisas. Para mim a música é mesmo isso, é a forma de libertar e transmitir emoções.
PR - No press release deste disco pode ler-se:”(…) Eu, aponta para o futuro sem voltar as costas ao passado." Quer falar-nos como decorreu o processo de composição deste álbum?
Ela Vaz - Este disco parte das minhas influências, da tradição musical portuguesa, do fado. Foi um trabalho muito cúmplice com o produtor musical Quiné Teles, que tem um profundo conhecimento da música tradicional portuguesa. Aceitaram o meu convite para escrever e compor temas originais vários autores que aprecio muito, como a Amélia Muge, Úxia, Filipe Raposo, Viriato Teles, Nuno Camarneiro, Miguel Calhaz e Ricardo Fino. Todo o processo de recolha de temas e produção demorou cerca de 3 anos, o que nos permitiu chegar a um resultado bastante ponderado. A Úxia, Rui Oliveira e Rão Kyao são os convidados que também aceitaram o meu convite e me deixam muito orgulhosa do resultado final.
PR - Além dos temas originais, “Eu” inclui ainda canções de José Afonso, José Mário Branco, João Afonso e Pablo Neruda/Brigada Victor Jara. Estes são alguns dos autores que norteiam a sua música?
Ela Vaz - Estes temas e autores foram escolhidos pela força das suas palavras e melodias. Os autores são algumas das minhas grandes influências.
PR - Qual é o tema que melhor define o “espírito” deste disco?
Ela Vaz - Tenho dificuldade em escolher apenas um tema. Penso que o “Caminho Certo” e o “Soneto” são dois dos temas que melhor definem o disco.
PR - Para terminar, numa frase como caracteriza a sua primeira “aventura” a solo?
Ela Vaz - Tem sido uma aventura emocionante e serena, como eu gosto que seja a vida.
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