No dia que o disco de estreia dos Três Bairros, "Turno da Noite" chega às lojas, são meus convidados em "Discurso Direto" Guilherme Madeira (voz), Ricardo Gama (guitarra portuguesa) e João Correia (viola). São oriundos de Mértola, Sintra e Santarém respectivamente, daí o nome Três Bairros - que é também o nome de um dos mais belos fados tradicionais.
Portugal Rebelde - Sendo oriundos de três bairros distintos (Mértola, Lisboa e Santarém), como é que se deu este feliz encontro?
Portugal Rebelde - Sendo oriundos de três bairros distintos (Mértola, Lisboa e Santarém), como é que se deu este feliz encontro?
Três Bairros - Este encontro deu-se em Santarém pois todos nós tínhamos em comum o facto de morarmos cá. O Ricardo dava aulas no Conservatório local, o João tinha sido aluno do Ricardo e o Guilherme estudava também em Santarém. Mais tarde acabamos por nos cruzar na Scalabituna – Tuna do Instituto Politécnico de Santarém e assim em 2015 nascem os Três Bairros.
PR - Ainda antes da gravação do “Turno da Noite”, tiveram a oportunidade de apresentar e rodar algumas das canções deste disco. De que forma isso vos ajudou na produção deste álbum?
Três Bairros - O facto de podermos apresentar as nossas músicas ao vivo, ainda sem estarem gravadas, permite-nos perceber quais os pontos a melhorar em alguns temas. Tocar ao vivo os temas permite à banda ter a noção até que ponto as músicas estão, efectivamente, a chegar ao público. Depois é só dar uns ajustes e ‘tá a andar!...
PR - “Miúda do Café” foi a a canção escolhida para single de apresentação deste “Turno da Noite”. Este é o tema que melhor define o “espírito” deste disco?
Três Bairros - É difícil escolher um tema que defina melhor o espírito do disco. Gostamos de olhar para a nossa obra como um todo. Actualmente, olhamos para o disco como um conjunto de temas e todos eles possuem características próprias. A melhor maneira de perceber o que nós queremos dizer é ouvir o disco na íntegra!
PR - O Alentejo do Guilherme Madeira marca presença com “Rosa à Janela” do grupo de baile. Este “bairro” jamais poderia ser esquecido?
Três Bairros - O Alentejo é uma região fantástica do nosso país. Cada vez que temos o privilégio de lá actuar somos sempre super bem recebidos. É ótimo!! Como tal, sendo o Guilherme natural do Alentejo, achamos que este tema se enquadrava na perfeição no espírito do grupo.
PR - “Conta-me Histórias” dos Xutos & Pontapés e “O Meu Amor existe” de Jorge Palma são revisitados neste álbum. Esta é a forma que encontraram para homenagear estes músicos, de quem são admiradores confessos?
Três Bairros - Mais do que uma homenagem esta é a forma de nós podermos tocar temas destes músicos que tanto admiramos. Se não fossem bandas como os Xutos & Pontapés e artistas como o Jorge Palma e muitos outros, a música portuguesa, hoje em dia não era aquilo a que estamos habituados. Ficamos eternamente agradecidos a todos estes músicos pela obra fantástica que foram criando ao longo dos tempos. Quem sabe um dia ainda vamos tocar com alguns dos nossos ídolos.
PR - Numa frase, como caracterizariam este “Turno da Noite”?
Três Bairros - É um disco à antiga!!
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