“Boavista” é a primeira incursão longa duração de Gonçalo, longe dos seus Long Way to Alaska. Sucede a "QUIM", o EP do bracarense lançado em 2014 pela Lovers & Lollypops. O disco chega após uma recente participação com Castello Branco, com o nome de "Mar Nenhum", colaboração proposta e promovida pela webzine Bodyspace, com participações entre músicos lusófonos. Gonçalo, é hoje meu convidado em "Discurso Direto".
Portugal Rebelde - No press release deste disco pode ler-se; “Gonçalo é humano, “Boavista” camaleão.” Este é um disco que prova que devemos experimentar ser tudo para realmente ser algo?
Gonçalo - É verdade que neste disco experimento um pouco de tudo. É também verdade que ouço este disco como algo do qual me orgulho muito. Um trabalho meu e de todas as pessoas que me acompanharam ao longo dos últimos meses e anos. Sem eles, este disco não existiria.É, sem dúvida, um disco no qual experimento sonoridades, instrumentos e operações diferentes do que até agora fazia. O "QUIM", surgir como um EP deitado numa cama de guitarras. O "Boavista" é uma estrada de experiências, muitas delas começando numa guitarra, outras num piano, outras numa conversa. É um disco de transição.
PR - “Há quem sonhe mudar o mundo e há quem sonhe mudar o seu. “Boavista” alcança-o com graciosidade. Quais são os teus sonhos?
Gonçalo - Continuar a fazer música quando quero e como quero. Quero poder manter esta parte de mim que mostra tanto do que eu sou. E poder fazê-lo junto de quem me é querido. Foi um gosto incluir tantos amigos neste disco. A produção com o João Moreira, que tão bem arquitectou este disco. Os temas que construí com o André Simão (Dear Telephone), Filipe Azevedo (Sensible Soccers), Sérgio Alves (Marta Ren), Pedro Oliveira (peixe:avião), Jorge Queijo (Torto) e Jo Pereira (The Guilty Ones). Também o artwork pelo Cláudio van der Hart, vídeo pelo Vasco Mendes e fotografia pelo Alexandre Fernandes.
PR - "Champagna” foi o single de avanço deste disco. Este é o tema que melhor caracteriza o “espirito” deste “Boavista”?
Gonçalo - "Champagna" é a última brisa de um verão que se prolongou mais do que o expectável este ano. Captura, como todos os outros, a pluralidade deste disco. Não creio que o faça melhor ou pior. É talvez o tema mais orelhudo do disco!
PR - O que é que o publico pode esperar de um concerto teu?
Ainda é cedo para poder dizer qual será a direção de um concerto, até porque ela vai-se moldando ao longo dos mesmos, consoante o que percebemos que pode resultar ou não. Planeio começá-los no início do próximo ano e fazer-me acompanhar de amigos em palco. Podemos esperar este Boavista, algumas viagens pelo "QUIM" e talvez algo novo.
PR - Numa frase como caracterizarias este disco?
Gonçalo - É um disco que reúne a minha essência e a de quem o fez comigo. É uma viagem ao longo de 3 anos, experiências e amizades. "Boavista" é Gonçalo em 9 temas.
Sem comentários:
Enviar um comentário