01/12/2017

VIVIANE | Discurso Direto


Doze anos após ter iniciado a sua carreira a solo com cinco álbuns editados, Viviane lança hoje através da sua própria editora Zipmix Records, um novo CD intitulado "Viviane canta Piaf". Neste trabalho, Viviane mostra-nos uma nova faceta do seu talento, surpreende-nos com a versatilidade da sua voz, e deixa-nos rendidos pela forma apaixonada como interpreta todo este repertório. 

Portugal Rebelde - Como é que surgiu a ideia de gravar este disco inteiramente dedicado a Edith Piaf?

Viviane - Este disco surge na sequência de um concerto realizado em 2016 enquanto "Artista Figuras" no Teatro das Figuras, em Faro. Por essa ocasião, fui convidada a apresentar 3 concertos todos diferentes e o último foi precisamente dedicado à Edith Piaf por ser uma inspiração de longa data para mim. Esse concerto alcançou grande sucesso e as pessoas começaram perguntar-me se eu não tencionava gravar estas canções. Também o facto da canção "La vie en rose" ter completado recentemente 70 anos,contribuiu para a minha decisão de fazer este álbum. Senti que tinha chegado a altura certa e que mais do que nunca fazia todo sentido gravá-lo.

PR - De alguma forma este disco é um regresso a “casa”?

Viviane - A minha casa é sempre Portugal, por mais recordações que tenha da minha muito feliz infância em França. Este disco é mais um passo na minha carreira , é um disco que me apeteceu fazer nesta altura da minha vida. É um desafio também porque interpretar estas canções não é tarefa fácil, é pôr a fasquia mais alta e eu gosto disso. Depois deste disco regressarei aos meus originais aos quais chamo de "Fado mediterrânico" precisamente por ter influências do fado e da chanson.

PR - O single de apresentação deste disco, é uma versão do maior êxito de Edith Piaf "La vie en rose", tema que completa este ano 70 anos. Edith Piaf, foi sempre para si uma fonte de inspiração?

Viviane - Eu nasci em França e lá vivi até aos 13 anos de idade. Durante esse período da minha vida ouvia outras vozes, embora as canções de Edith Piaf fossem como é obvio, uma presença frequente na rádio e na televisão mas com essa idade, não prestava ainda muita atenção. Só mais tarde já em Portugal, é que comecei a entender a musica dela, um pouco como acontece com o fado, em que há uma idade para se começar a sentir e a gostar. Comecei por brincadeira a cantar alguns dos seus êxitos e senti nessa altura todo o poder avassalador que essas canções exerciam sobre mim sempre que as cantava. O que me fascina nela é a interpretação e a forma apaixonada com que ela se entrega às músicas, que não deixa ninguém indiferente.

PR - Depois da edição deste “Viviane Canta Piaf”, há alguma possibilidade de apresentar as canções deste disco em terras gaulesas?

Viviane - Eu gostava muito e está-se a trabalhar nesse sentido. Para já no estrangeiro, tenho algumas datas marcadas com este concerto em agosto próximo na Lituânia onde tenho atuado nos dois últimos anos com o meu próprio repertório. Em Portugal com este repertório, já há vários concertos em vista para o próximo ano. Penso que terá uma boa aceitação. É um concerto com um ambiente muito particular onde se cruzam o piano, as guitarras, o contrabaixo e claro, o acordeão. Também tem algumas surpresas a acontecerem pelo meio.

PR - Numa frase como caracterizaria este disco?

Viviane - É um disco em que presto homenagem a uma das maiores vozes de sempre, interpretando canções apaixonadas e dramáticas mas também irreverentes e por vezes até canalhas.


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