No dia em que Tape Junk faz a apresentação da k7 muito especial "Couch Pop" no Musicbox (Lisboa), recebemos hoje em "Discurso Direto" João Correia. Ao vivo, João Correia conta com António Vasconcelos Dias (bateria), Benjamim (teclados), Frankie Chavez (guitarra) e Nuno Lucas (baixo).
Portugal Rebelde - O regresso de Tape Junk às edições discográficas acontece com “Couch Pop” no formato K7. Há alguma razão especial para esta escolha?
João Correia - A ideia da k7 foi da Pataca Discos e não minha. Acabou por fazer todo o sentido pois voltei às gravações caseiras como fazia há mais de 20 anos. Ainda tenho as cassetes das músicas que gravava na altura e agora juntou-se esta. Ficou um objecto bonito. Gostei muito da ideia.
PR - “Couch Pop” foi escrito sem pressas, fora do ambiente urbano. Isto de alguma forma transparece no produto final deste registo?
João Correia - Sim, claro. O facto de ter sido gravado sem pressas fez com que a produção fosse mais cuidada e com que as canções fossem ditando onde queriam chegar. Todas as faixas do disco começaram muito minimais e ao longo do tempo foram ganhando formas diferentes. Como fiz o disco sozinho e passei muito tempo a ouvir as coisas nunca dei as canções como fechadas até iniciar as misturas. Isso fez com que novos sons e secções fossem aparecendo. Normalmente existe o processo de pré produção em que decides os arranjos todos da canção antes de gravares "à séria". Isso nunca resultou comigo. Nunca fiz uma gravação final para disco que soasse melhor que a maqueta original por isso decidi que seria tudo feito a partir das demos. O mais importante de tudo era divertir-me a fazer isto.
PR - Há alguma linha condutora que une as nove canções deste disco?
João Correia - Não tinha essa intenção mas acaba por haver alguma ligação na temática das canções. Mas isso é para mim, não quero que o ouvinte seja influenciado por isso. Neste disco podes tirar o que bem te apetecer das letras, é o oposto do que fiz no "The Good & The Mean".
PR - "Cranberry and Thyme" é o single de apresentação deste trabalho. Este é o tema que melhor reflete o espirito deste “Couch Pop” ?
João Correia - Não acho que seja. Foi apenas a primeira das 9 canções do disco a ser lançada. Foi escolhida como canção com vida própria e não como apresentação do disco e da sua sonoridade. Tinha de sair alguma primeiro e escolheu-se essa. Daqui a pouco tempo sai outra. E depois outra. E depois outra.
PR - Numa frase como caracterizaria este “Couch Pop”?
João Correia - O Couch Pop é um tranquilo, está na dele.
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