08/05/2019

MUPA | Beja

Num esforço coletivo entre a Associação CulturMais e a Câmara Municipal de Beja, nasce um novo festival que procura integrar um amplo universo musical no centro histórico da cidade de Beja. É entre a Praça da República e igrejas, salas de concertos e bares bem presentes na memória coletiva da cidade, que acontece o MUPA, onde se cruzam gerações de artistas que procuram transgredir barreiras e costumes e se fundem várias escolas e géneros musicais.

A primeira edição do festival MUPA materializa-se, aos poucos, como um dos eventos mais imperdíveis do ano. A acts como Lena d’Água + Tahina Rahary, Allen Halloween, Bloom (JP Simões + Miguel Nicolau), Norberto Lobo, Mynda Guevara, Pedrinho, entre outros nomes nacionais emergentes, juntam-se o comovente e impressionante Nazar, a mais recente adição da Hyperdub ao seu espólio, assim como os suis generis Necro Deathmort, diretamente da cena underground britânica de onde saíram nomes como os Gnod. De Lisboa - ainda que pudéssemos jurar que vieram das ruas da Jamaica - juntam-se os Simply Rockers Sound System, que garantem um revival do roots reggae e do dub típicos da ilha.

O campismo gratuito do festival destina-se aos portadores de passe-geral e bilhete diário e está localizado a apenas uns minutos do local dos concertos. Estes irão ter lugar n’Os Infantes, no Restaurante Pé de Gesso, na Praça da República, no Jardim do Bacalhau e ainda no Museu Regional de Beja.

Existe, também, uma programação paralela ao festival que se traduz em exposições, instalações, workshops, talks e documentários do que mais interessante se faz na música e nos universos à sua volta. Nos dias 7 e 9 de Maio, o espaço A Pracinha apresenta a projecção de dois documentários sobre diferentes contextos do panorama musical português: o inevitável “I Love My Label” (Antena 3) e “Tecla Tónica” (Eduardo Morais). 

Este espaço tem também a exposição do fotógrafo Pedro Agra, que é inaugurada no dia 10 de Maio e é co-organizada pela CVLTO; um workshop a 11 de Maio sobre a aplicação de técnicas dub na música electrónica, orquestrado por Tomás Frazer (da label Rotten\Fresh) e no mesmo dia uma talk liderada por Lena d’Água, Mynda Guevara e Caroline Lethô sobre a importância do papel da mulher numa indústria musical em evolução constante. 

Estará também presente o trabalho de Manuel Guimarães, artista que apresentará a instalação audiovisual “Apropriação” no Centro UNESCO a partir de hoje (8 de maio) e que poderá ser visitada até ao final do festival.

Os passes gerais fixam-se nos 13€, e os bilhetes diários também já podem ser adquiridos (por 6€ e 10€ respetivamente) em festivalmupa.pt e nos pontos de venda Ticketline.

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