Moksha Sound Journeys é um projeto musical criado em 2017, que tem como elementos base Ivan Cristiano, Bruno Teixeira, Flutist Sunil Pariyar e Hugo Edgar. Ao vivo, os concertos resultam num encontro entre a música, o movimento e a meditação, e visam alcançar uma outra forma de escuta, mais atenta, onde cada um de nós poderá observar e vivenciar níveis mais profundos de presença e consciência, através do poder do som e da viagem sonora. Hoje em "Discurso Direto" são meus convidados Moksha Sound Journeys.
Portugal Rebelde - Antes de mais, onde e quando é que os Moksha Sound Journeys começaram a dar os primeiros “passos” nesta viagem sonora?
Portugal Rebelde - Antes de mais, onde e quando é que os Moksha Sound Journeys começaram a dar os primeiros “passos” nesta viagem sonora?
Ivan Cristiano - Tudo começou com um convite que me fizeram para animar o Doming`out (evento que ocorria todos os Domingos no Parque Urbano Da Costa Da Caparica em 2017). O Bruno que morava em Gaia, vinha passar o fim de semana a Almada, ligou-me para me dar um abraço e falei-lhe que ia tocar com um “Rav Vast” à Costa Da Caparica, ao que ele me responde!! - Posso juntar-me a ti nessa jam??? Correu muito bem e duas semanas a seguir foi o Bruno que me levou a tocar com ele no “Being Gathering Festival” na Boom Land em Idanha-à-Nova, só com dois ensaios e meio, foi um sucesso. Nasciam então os Moksha Sound Journeys. Demos alguns concertos só os dois, mas mais tarde juntava-se a nós o Sunil, um flautista do Nepal que domina a flauta Bansuri como um génio. Mais recentemente convidámos Hugo Edgar, um “senhor” na guitarra portuguesa que veio dar um colorido tipo “cereja em cima do bolo”.
PR - Moksha, refere-se, em termos gerais, à libertação do ciclo do renascimento e à iluminação espiritual. É isto que procuram com a vossa música?
Bruno Teixeira - Nesta vida,o ciclo de renascimento e a iluminação espiritual, está relacionado com a libertação da ignorância, isto é, dos padrões auto-limitativos e com a inconsciência acerca da nossa identidade essencial. Sendo a nossa música mais um encontro que uma procura, diríamos que, do seio da nossa amizade, sinergia, sensibilidade e filosofia, surge o convite a quem nos ouve e sente, de se testemunharem e vivenciarem, inspirarem e libertarem de tudo o que contraria o encontro connosco mesmo, uns com os outros e com tudo em absoluto.
PR - A par deste projeto, o Ivan Cristiano é baterista na banda UHF. Como é que um homem do rock vive um projeto mais ligado à meditação?
Ivan Cristiano - Sou um homem do Rock, mas acima de tudo sou um homem da Música e não vejo a vida como uma barreira estereotipada com estilos definidos. Ser músico também é ser-se livre e “Moksha” é isso mesmo. À parte dos UHF não fazia sentido fazer outros projetos rock, nunca fez, aliás, recusei alguns…mas com os “Moksha” é diferente, acrescenta-me algo, é um extensão de mim que vem da alma, vive-se muito do improviso, tocamos para a Terra, par o Ar, para o Fogo e para a Água, não tocamos para a Rádio e isso alegra-nos.
PR - O que é que o publico pode esperar de um concerto dos Moksha Sound Journeys?
Ivan Cristiano/Bruno Teixeira - Uma viagem musical com múltiplos instrumentos exóticos acústicos desde Handpans, Rav Vast, Didgeridoo, Flauta Bansuri, Guitarra Portuguesa, Gatham, ocean drum, wind effects, Gongos, Cajon, Taças Tibetanas, enfim, uma parafernália de instrumentos que resultam num encontro entre a música e a meditação, e visam alcançar uma outra forma de escuta, mais atenta, onde cada um de nós poderá observar e vivenciar níveis mais profundos de presença e consciência.
PR - Para terminar, há planos a curto prazo para a edição do primeiro disco?
PR - Para terminar, há planos a curto prazo para a edição do primeiro disco?
Ivan Cristiano - Planos a curto prazo? A curto e a longo prazo. Dizemos uns aos outros em tom de brincadeira que isto é um projeto para a vida e para envelhecermos juntos. Em relação ao disco, ainda este ano vamos entrar em estúdio para depois editar em 2020. Estamos numa fase de novos arranjos, agora com mais um instrumento que é a guitarra portuguesa e que veio dar outra cor aos Moksha Sound Journeys. Em relação a concertos, vamos estar já amanhã no Darksky Alqueva party em Alqueva (Campinho) e no dia 31 de Agosto estamos na 15 edição do festival de DIDGERIDOO, FATT (Tavira, Algarve).
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