19/09/2019

LOLA LOLA | Discurso Direto


Com raízes no sempre pulsante e inovador movimento criativo da cidade do Porto, os LOLA LOLA formaram-se em 2014, fruto da junção de um trio já muito experimentado nas lides musicais: Tiago Gil (Guitarra), Miguel Lourenço (Baixo) e Hélder Coelho (Bateria), todos ex-Os Tornados, ao qual se acrescentou a desconcertante voz de Carla Capela, conhecida da noite portuense como DJ Just Honey e um pujante sax barítono, atualmente nas mãos do mestre Rui Teixeira. Numa edição Chaputa! Records, os LOLA LOLA editam amanhã 7' "Killed a Man in a Field", um pedaço da história da banda que querem partilhar.. Hoje em "Discurso Ditreto" recebemos os portuenses LOLA LOLA.

Portugal Rebelde - “Killed a Man in a Field” é a canção-titulo deste novo 7´. Que viagem é esta com que nos brindam neste quarto registo fonográfico?

LOLA LOLA - É uma viagem por uma larga paisagem de cor e infinito, desde as montanhas sagradas do Oriente ao deserto do Mojave, a pedir uma jornada pelo interior de cada um. “Killed a Man in a Field” é uma canção sobre a efemeridade da vida e a eternidade da paisagem. É uma história de amor trágico, de quem decide matar e mata, com a certeza de que vai morrer a seguir.

PR - Do outro lado disco oferecem-nos uma interpretação fulminante do indiscutível “Somebody’s always trying” de Joy Byers. Dança, será sempre a palavra que não nos sai da cabeça?

LOLA LOLA - “Somebody's Always Trying” de Joy Byers fez parte de muitas sessões noturnas de partilhas musicais, surgindo espontaneamente nas desgarradas dos ensaios, tornando-se repetente. Com pulsação para mexer a pista de dança, é a nossa homenagem à enorme compositora americana, mais conhecida pelo seu trabalho com Elvis Presley, tendo assinado sucessos, tais como "Please Don´t Stop Loving Me" do filme Frankie and Johnny de 1966, "C'mon Everybody" do musical Viva Las Vegas de 1963 e "Let Yourself Go" do filme Speedway de 1968.

PR - O universo musical das décadas de 50 e 60 continua a ser a grande inspiração para os LOLA LOLA?

LOLA LOLA - Sim, sem dúvida que são duas décadas que nos inspiram, principalmente pela música que normalmente consumimos, refletindo-se nas nossas composições musicais, no modo como gravamos os discos e na forma como nos expressamos artisticamente.

PR - As vossas canções têm sido destacadas um pouco por todo o mundo por djs de culto, rádios e blogosfera musical. Acreditavam que ia ser assim?

LOLA LOLA - Apesar de nunca termos pensado na exposição que os LOLA LOLA pudessem ter, a nossa missão é fazer música e depois, consequentemente, tentar divulgá-la o melhor que sabemos. O pacto que nos uniu passa por tocarmos o que gostamos, enquanto nos der prazer. Gravar as músicas que nos fazem vibrar, editando-as em vinil de sete polegadas. O que se mantém até aos dias de hoje. Quanto à exposição que temos conseguido, pensamos que se deve, também, ao facto de sermos suficientemente exigentes e bastante criteriosos com o que apresentamos, acompanhados em todos os processos por pessoas que admiramos, mas tomando as decisões sempre de forma independente e genuína.

PR -  “No próximo dia 18 e 19 de outubro apresentam “Killed a man in a field” respetivamente no Sabotage Club (Lisboa) e no Barracuda Clube de Roque (Porto). O que é que o público pode esperar destes concertos?

LOLA LOLA - Tanto em Lisboa como no Porto iremos celebrar o lançamento do nosso quarto single com um alinhamento dirigido à pista de dança, com calor, suor e rock ‘n’ roll. Serão duas noites que irão durar até o sol raiar, uma vez que no Sabotage estaremos na festa atómica “Chills & Fever” e no Barracuda com os djs da Chaputa! Records (Esgar Acelerado e Themoteo Suspiro).

PR - Numa frase como caracterizariam este ““Killed a Man in a Field”?

LOLA LOLA - É mais um pedaço da nossa história que queremos muito partilhar.


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