13/02/2020

DANIELA SERRA | Discurso Direto


Arranca amanhã na Sociedade União Musical Paredense a 3ª edição do Micro Clima, Festival de música e arte. Desde o seu início, em 2017, conta com a presença de vários músicos artistas plásticos e performers. Durante dois dois dias, o Micro Clima procura oferecer ao público um programa rico e diverso, não se limitando a um género musical nem a uma corrente artística, pelo contrário, estes dois dias são uma celebração cultural em que diferentes artistas partilham palco, convidando o público a envolver-se e a fundir-se neste ambiente. Daniela Serra, um dos elementos da organização, é hoje minha convidada em "Discurso Direto".

Portugal Rebelde - Quais são as grandes apostas para a 3ª edição do Festival Micro Clima?

Daniela Serra - Nesta 3ª edição do Festival Micro Clima, apostamos numa programação diversa, não seguindo nenhuma corrente artística ou estilo musical concreto. É disto que gostamos no Micro Clima: a possibilidade de juntar artistas e públicos diferentes na SMUP. Este ano, no dia 14 de Fevereiro, contamos com Luís Severo, Alek Rein, Sensible Soccers e Pedro Tudela Dj Set. Já no dia 15 temos connosco Cave Story, Zanibar Aliens, Bonga e Candy Diaz b2b Kyron Dj Set. Durante estes dois dias a SMUP vai ser habitada pelas Instalações dos Berru, Plasticus Maritimus, Rappepa Bedjo Tempo e ainda o stand de tatuagens da Not From This Box.

PR - Com o final da carreira musical de Allen Halloween, a opção recaiu em Bonga. Este é mais um nome que se encaixa na diversidade deste Festival?

Daniela Serra - Bonga sempre esteve na nossa lista de “artistas queridos”, mas parecia-nos irreal trazê-lo à SMUP. Com o anúncio de fim de carreira do Allen Halloween, achamos que era o momento para voar mais alto e avançar com um artista que tanto queríamos neste festival. Bonga encaixa-se perfeitamente na diversidade do Micro Clima, e vai esquentar, e muito, o nosso iceberg. Vamos todos sentir uma lágrima no canto do olho no último dia do festival, e que bom que é terminar assim!

PR - Para além da música, o Micro Clima privilegia outras formas de artes. Quer falar-nos um pouco desta componente?

Daniela Serra - O Micro Clima é um festival cultural. Desde a 1ª edição que temos como objectivo abranger várias formas artísticas, que já passaram pela música, teatro, performance e instalações. Este ano, para além da música, convidamos artistas plásticos a habitar o espaço e a construir as suas instalações em vários recantos da SMUP, de forma a transformar o edifício. Contamos com os Berru, Rappepa Bedjo Tempo e Plasticus Maritimus.

PR - Para terminar, três boas razões para que ninguém passe ao lado da 3ª edição do Micro Clima

Daniela Serra - Há muito mais do que três boas razões para ir ao Micro Clima, mas parece-nos o melhor programa para o Dia de São Valentim: à tarde podem dar um passeio pela praia da Parede e ao anoitecer vêm cantar o Meu Amor com o Luís Severo. Para os solteiros, quem sabe se não encontram a vossa cara-metade no clima quente da SMUP. Mas para os que não gostam de romance, achamos que o Micro Clima é uma óptima oportunidade para conhecerem a SMUP, uma Sociedade Musical com 121 anos de história, onde convivem pessoas de várias gerações e culturas. O Micro Clima é uma celebração do conceito da SMUP, que une pessoas, promove arte e cultura e abraça há 121 anos todos os que se apaixonam por esta casa. Este festival é feito de raiz por voluntários, os ditos apaixonados, que preparam, durante meses, este festival apenas por prazer; apenas para mostrar o que se faz por aqui. Para terminar, acreditamos que vão ficar encantados com o que os nossos artistas prepararam para vocês, e com o clima que rola na Parede nestes dois dias. É que vai rolar um clima. Um Micro Clima.


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