Os lisboetas Goodbye, Ölga comemoram os seus vinte anos de existência com o lançamento de um álbum duplo de título homónimo. A banda que se cimentou na cena indie-rock nacional no início do século com uma discografia composta por “Ö” (2004), “What is” (2005), “La Résistance” (2009), “Samurai” (2010) e “Pandora” (2012), com uma sonoridade fortemente enraizada nas correntes do post-rock e alternative-rock dos finais dos anos 90, sempre se caracterizou pelas constantes metamorfoses e experimentalismo criativo. Após um hiato de quase dez anos na edição discográfica e impedidos de usar o nome original ÖLGA, o agora quarteto, composto por João Hipólito, João Teotónio, Filipe Ferreira e Tiago Fonseca, é uma versão mais madura e refinada da banda, explorando ao longo das duas partes que compõem Goodbye, Ölga, um universo sonoro que se define pelo contraste entre a subtileza melodiosa e a agressividade intensa das suas composições. João Hipólito é hoje meu convidado em "Discurso Direto"
Portugal Rebelde - “Goodbye, Ölga”, é um disco que assinala os 20 anos da banda. O disco é composto por dois lados: o vermelho e o preto. Que sonoridades podemos encontrar em cada um destes lados?
João Hipólito - O lado vermelho representa o lado mais colorido e luminoso da banda. É composto por temas mais antigos, melodiosos e com uma sonoridade mais próxima do indie e do punk rock.
O lado negro por sua vez, representa o lado mais sombrio, com um conjunto de temas mais recentes, energéticos e com uma sonoridade mais próxima do post-punk e do post-rock.
PR - No press release deste disco pode ler-se que este «o duplo álbum Goodbye, Ölga é um concentrado de emoções que circundam o mundo do indie. A multiplicidade de estilos foi a súmula sonora dos vintes anos que solidificam a personalidade do grupo?
João Hipólito - Sim, ao longo destes 20 anos de existência, sofremos várias transformações na formação da banda, passámos por diferentes fases e explorámos vários estilos musicais, embora sempre dentro do espectro “Indie Rock”. Tudo isto se reflete na nossa sonoridade e na identidade do grupo.
PR - “Cop´s Delight“ foi o primeiro single extraído do álbum. Este é o tema que melhor caracteriza o “espírito” deste disco?
João Hipólito - A ideia foi sempre fazer um disco com uma atitude “rock”, centrado nas guitarras, direto, sujo e cru. Embora no disco existam vários temas com muito potencial para single, optamos pelo Cop’s Delight por ser um tema com ritmo frenético e com muita eletricidade e que representa de alguma forma esta nova fase da banda.
PR - A Apresentação deste disco acontece hoje, dia 24 de Fevereiro, na noite Salón Fuzz, no Lounge em Lisboa. O que é que o público pode esperar deste concerto?
João Hipólito - O público pode esperar um concerto cheio de energia onde vamos tocar apenas temas do novo álbum. Com a nova formação da banda será certamente um concerto muito intenso, uma espécie de catarse coletiva com muitos decibéis á mistura!
PR - Que memórias guardam de 20 anos de canções?
João Hipólito - As melhores recordações possíveis! Tem sido uma experiência verdadeiramente enriquecedora tanto a nível pessoal como coletiva. Nestes 20 anos fizemos grandes amigos, muitas viagens, mas principalmente criamos algo que nos orgulhamos!
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