Num anúncio muito aguardado por todos os entusiastas de Fado em todo o mundo,
Nuno da Camara Pereira, o reverenciado artista multi-platina, acaba de lançar a
sua mais recente obra-prima musical, intitulada "FADO! Tal Como o Conheci". Este
álbum aponta para um marco significativo na ilustre carreira do artista, que se
estende por mais de quatro décadas, e está pronto para cativar o público
com as músicas comoventes e narrações evocativas. Nuno da Câmara Pereira é hoje meu convidado em "Discurso Direto".
Portugal Rebelde - "Fado! Tal como o conheci" é a culminação da sua dedicação ao longo da
vida ao Fado?
Nuno da Câmara Pereira - Este álbum apenas pretende ser testemunho de toda uma
experiencia, conhecimento e evolução ao longo de uma vida dedicada
ao Fado, aonde partindo desse mesmo lugar, a ele voltando, aqui se
afirma o verbo fadar.
PR - Entre temas revisitados, originais e algumas surpresas, com que “viagem” o
ouvinte pode esperar?
Nuno da Câmara Pereira - O ouvinte poderá viajar no tempo e reencontrar a genuinidade
do Fado desde tempos imemoriais até hoje, aonde se sentirá
embalado por emoções e experiências vivas em que o Fado e só
ele consegue vivenciar e devolver razão e verdade.
PR - O disco conta com a produção do guitarrista Mestre Custódio Castelo. Quer
falar-nos um pouco deste encontro com Custódio Castelo?
Nuno da Câmara Pereira - Custódio Castelo deu comigo seus primeiros passos na guitarra,
sua eterna companheira.
São mais de 30 anos aonde noutros álbuns com ele gravados
"Só à Noitinha" com a orquestra sinfónica da Lituânia e com o
álbum "Lusitânia" mais que a sua excelência e dedicação, a
amizade e cumplicidade provaram não ser possível fazer Fado
de outra forma.
PR - “Fado! Tal como o Conheci”, vai ter uma edição especial em vinil com edição
agendada para o próximo dia 27 de Setembro. Fãs e aficionados por música
podem esperar uma experiência auditiva sem igual?
Nuno da Câmara Pereira - O som e o próprio Fado de hoje prostitui-se na senda do êxito
comercial, misturando-se e confundindo-se por gestos e razões que
nem só a verdade consegue explicar.
Com esta edição pretende-se evocar e relembrar sonoridades e
temas, que ainda hoje podem ser ponto de partida sem necessidade
de chegada.
PR - Para terminar, que memórias guarda de mais de quatro décadas de intensa
paixão pelo Fado?
Nuno da Câmara Pereira - Guardo a memória dos meus amigos, músicos, desaparecidos e
que fizeram jus a toda esta longa caminhada, sempre registada
pelas múltiplas edições e minha saudosa recordação deles
próprios, hoje continuada inspiração por mim sempre
encarnada.
Pedro da Veiga, Fontes Rocha, Joel Pina, Carlos Azevedo,
Raimundo Seixas ,Carlos Velez e Filipe Vaz da Silva.
A minha voz sempre os evoca e saberá deles ser viva e sentida
memória.
São eles a razão de minha indelével paixão no Fado.
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