18/09/2024

NUNO DA CÂMARA PEREIRA | Discurso Direto

Foto: José Carlos

Num anúncio muito aguardado por todos os entusiastas de Fado em todo o mundo, Nuno da Camara Pereira, o reverenciado artista multi-platina, acaba de lançar a sua mais recente obra-prima musical, intitulada "FADO! Tal Como o Conheci". Este álbum aponta para um marco significativo na ilustre carreira do artista, que se estende por mais de quatro décadas, e está pronto para cativar o público com as músicas comoventes e narrações evocativas. Nuno da Câmara Pereira é hoje meu convidado em "Discurso Direto".
 
Portugal Rebelde - "Fado! Tal como o conheci" é a culminação da sua dedicação ao longo da vida ao Fado? 

Nuno da Câmara Pereira - Este álbum apenas pretende ser testemunho de toda uma experiencia, conhecimento e evolução ao longo de uma vida dedicada ao Fado, aonde partindo desse mesmo lugar, a ele voltando, aqui se afirma o verbo fadar. 

PR - Entre temas revisitados, originais e algumas surpresas, com que “viagem” o ouvinte pode esperar? 

Nuno da Câmara Pereira - O ouvinte poderá viajar no tempo e reencontrar a genuinidade do Fado desde tempos imemoriais até hoje, aonde se sentirá embalado por emoções e experiências vivas em que o Fado e só ele consegue vivenciar e devolver razão e verdade. 

PR - O disco conta com a produção do guitarrista Mestre Custódio Castelo. Quer falar-nos um pouco deste encontro com Custódio Castelo? 

Nuno da Câmara Pereira - Custódio Castelo deu comigo seus primeiros passos na guitarra, sua eterna companheira. São mais de 30 anos aonde noutros álbuns com ele gravados "Só à Noitinha" com a orquestra sinfónica da Lituânia e com o álbum "Lusitânia" mais que a sua excelência e dedicação, a amizade e cumplicidade provaram não ser possível fazer Fado de outra forma. 

PR - “Fado! Tal como o Conheci”, vai ter uma edição especial em vinil com edição agendada para o próximo dia 27 de Setembro. Fãs e aficionados por música podem esperar uma experiência auditiva sem igual? 

Nuno da Câmara Pereira - O som e o próprio Fado de hoje prostitui-se na senda do êxito comercial, misturando-se e confundindo-se por gestos e razões que nem só a verdade consegue explicar. Com esta edição pretende-se evocar e relembrar sonoridades e temas, que ainda hoje podem ser ponto de partida sem necessidade de chegada.

PR - Para terminar, que memórias guarda de mais de quatro décadas de intensa paixão pelo Fado?
 
Nuno da Câmara Pereira - Guardo a memória dos meus amigos, músicos, desaparecidos e que fizeram jus a toda esta longa caminhada, sempre registada pelas múltiplas edições e minha saudosa recordação deles próprios, hoje continuada inspiração por mim sempre encarnada. Pedro da Veiga, Fontes Rocha, Joel Pina, Carlos Azevedo, Raimundo Seixas ,Carlos Velez e Filipe Vaz da Silva. A minha voz sempre os evoca e saberá deles ser viva e sentida memória. São eles a razão de minha indelével paixão no Fado.

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