DELFINS | DISCURSO DIRECTO

Os Delfins regressaram aos discos em 2007 com um álbum homónimo. A (power) pop está viva, o novo trabalho da banda de Cascais não nos deixa mentir.

O Portugal Rebelde esteve à conversa com Miguel Ângelo que nos falou deste novo trabalho "Delfins".

Portugal Rebelde - Ao fim de 25 anos, "Delfins" é o regresso às raízes?

Migue Ângelo - São 23 anos desde o baptismo, com o lançamento de «O Vento Mudou», e realmente tudo mudou. Nestes casos um apelo às raízes nunca é bem uma viagem no tempo, pois música popular evolui e move-se a uma velocidade estonteante. Mas é verdade, às vezes é bom olhar para trás, e ver o que se perdeu, aquela intenção mais directa e genuina. Acho que foi isso que fizemos neste disco: o regresso às canções e à energia.

P.R. - "Delfins" foi gravado em Inglaterra com o produtor Chris Tsangarides. O resultado final do disco traduz a aposta feita neste produtor?

M.A. - Completamente. O Chris, como técnico, músico e ser humano ajudou-nos muito a conservar o intuito inicial das maquetes que levávamos no bolso. Sem perder a intenção original, melhorámos o que havia a melhorar e demos o melhor de nós. Na produção, essa questão é essencial, e às vezes passa mais pela gestão humana de comportamentos e emoções do que por tecnicismos.

P.R. - Os Delfins são uma banda Pop. Neste disco o roc´n´roll está mais presente. Esta sonoridade é um caminho a explorar?

M.A. - Tem a ver com as guitarras eléctricas e com a urgência das canções. Este é um novo caminho iniciado que não está tão sujeito a tantas flutuações quanto a carreira do grupo o esteve no passado. Tem a ver com o facto dos concertos serem, mais do que os discos, a vida dos músicos neste país. este é o som verdadeiro da banda ao vivo, e quisemos registá-lo.

P.R. - O que podemos esperar dos Delfins na apresentação deste disco ao vivo?

M.A. - A mesma entrega da gravação, mas com público à frente! Um espectáculo mais rápido, mais coeso. Colorido, luminoso.Temas antigos tocados desta forma, temas futuros de 2008 ante-estreados. Tudo a fazer sentido.

P.R. - Em duas palavras como defines o novo álbum "Delfins"?

M.A. - Power Pop.