A banda coimbrã Anaquim, liderada por José Rebola, revela dia 1 de Março o seu álbum de estreia "As Vidas dos Outros", editado pela Universal Music Portugal.
Para acompanhar este lançamento - já previsto por alguns sectores da crítica musical como um dos "albuns-revelação" deste ano – o Anaquim inicia em Março uma mini-digressão de apresentação que passa por Coimbra (TAGV, dia 17), Lisboa (Cabaret Maxime, dia 18), Guarda (Teatro Municipal, dia 25), Caldas da Rainha (Centro Cultural de Congressos, dia 27), Ílhavo (Centro Cultural, dia 9 de Abril) e Bragança (Teatro Municipal, dia 9 de Julho).
JP Simões, afirma que "por alturas da pré-produção do programa Quilómetro Zero, depois de ouvirmos cerca de 12 mil páginas do Myspace com música portuguesa e outras coisas mais obscenas de carácter onanista, o projecto Anaquim foi o nosso primeiro consenso editorial.
“Na Minha Rua” e “Pobre Velho Louco”, que agora se juntam a mais 14 canções neste primeiro longa duração, tinham a clareza, o humor bem temperado e aquela capacidade de alegre contágio que define o que a música popular aspira a ser: um bálsamo para a aspereza do quotidiano".
José Rebola, o compositor e letrista deste “As Vidas dos Outros”, desmultiplica-se deveras em mil personagens de um bairro imaginário e familiar onde se passa de criança para adulto depressa demais, tentando teimosamente guardar as histórias, os cenários e as personagens que parecem desaparecer juntamente com todas as nossas ternas e frágeis fantasias de infância.
É na primeira pessoa que Rebola canta as vidas dos outros, vidas onde falta sempre qualquer coisa, como em todas, e entre a decepção e o desamor a tónica dominante é a que tem acompanhado desde sempre trovadores e rock’n’rollers: a recusa em engrossar a multidão de vidas estereotipadas só porque é suposto já termos idade para ter juizinho, a vontade de adiar o compromisso e a resignação enquanto não nos sentirmos bem resolvidos connosco, a mágoa romântica que se protege desdenhando do amor que tanto anseia, em suma, o relato da eterna luta entre as nossas razões privadas e as vidas dos outros, esse lugar sempre estranho a que chamamos humanidade.
Em todas as canções, escritas com clareza e generosidade, Rebola consegue colocar sempre um dilema moral em destaque (“As Vidas dos Outros”, “Lídia” ou “Horas Vagas”), contar uma história em modo de lenda popular (“Vampiros”) ou pintar com detalhe e cor um quadro de quotidiano (“Na Minha Rua” ou o divertido e folclórico dueto com Ana Bacalhau, do grupo Deolinda, “O Meu Coração”).
Musicalmente, o clima é de festa, de celebração, entre New Orleans, os Balcãs e a Feira Popular, com rigor instrumental e imaginação, energia e empenho.
“As Vidas dos Outros”, revela-nos um talentoso músico, compositor e letrista, acompanhado de excelentes instrumentistas e de uma atitude lúdica e divertida, pois, como disse José Rebola, a música deve ser também entretenimento e folia, sugerindo que a melhor forma de enfrentar os nossos medos e monstros é fazendo-os dançar.
Alinhamento:
01. Intro
02. As Vidas dos Outos
03. Horas Vagas
04. Lídia
05. Lusíadas
06. Chama-me Vida
07. Na minha Rua
08. O meu Coração
09. Balalaikas
10. Bocados de Mim
11. Monstro
12. Saltimbanco
13. Vampiros
14. Metamorfose
15. Pobre velho Louco
16. Epílogo
www.myspace.com/anaquim.info
1 comentário:
ANAQUIM
mt mt mt mt bom!!!
pra mim vao ser a banda revelaçao de 2010
:)
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