"Apneia", é este o 2º ato dos Orangotang depois de uma longa paragem. Cinco anos depois de "Propaganda" a banda de Mondim de Basto regressa com um conjunto de canções pop/rock caracterizadas por fortes melodias, muito ritmo, overdrive e sintetizadores vintage. Rui Mota, a voz dos Orangotang é hoje o nosso convidado em Discurso Direto
Portugal Rebelde - Cinco anos depois de “Propaganda”, os Orangotang estão de regresso aos discos com “Apneia”. A que se ficou a dever esta longa ausência?
Portugal Rebelde - Cinco anos depois de “Propaganda”, os Orangotang estão de regresso aos discos com “Apneia”. A que se ficou a dever esta longa ausência?
Rui Mota - Esta longa ausência no que
diz respeito a discos deveu-se principalmente a muitas mudanças que a banda foi
obrigada a fazer ao nível da formação e do agenciamento. Foram problemas que
surgiram de surpresa e que nos causaram grandes prejuízos a todos os níveis mas
que já foram ultrapassados. O grande objectivo era lançar o disco e isso foi
conseguido como queríamos.
PR - O que é que une/separa
“Apneia” de Propaganda?
RM - O que une os dois trabalhos
são a procura pelas canções rock/pop, canções curtas, melódicas e enérgicas. O
que as separa é a roupagem mais eletrónica do Propaganda e alguma ingenuidade
na estética que torna o som por vezes pouco definido. Em termos de produção no
Apneia o Vitor Silva aposta nas guitarras e na bateria com uma sonoridade mais
natural, pessoalmente gosto muito mais. Aproveito para agradecer ao Vitor
Silva, grande produtor, grande guitarrista e um amigo que ganhei.
PR - Numa frase apenas – ou
talvez duas – como caracterizarias este “Apneia”?
RM - É um trabalho de canções
mais maduro, com bastante trabalho dos músicos em estúdio, é um trabalho
sincero e de maior exposição.
PR - No vosso press release,
dizem que este disco é para ser tocado ao vivo, em celebração. O palco é o
“oxigénio” que os Orangotang precisam para respirar?
RM - Sempre foi, aliás quem nos
conhece, e são muitas as pessoas que já nos viram ao longo deste anos todos,
dizem que nós damos muita energia às canções nas apresentações ao vivo. O palco
é onde gostamos de estar e é também onde gostam mais de nós.
PR - “Controlo (1 surto mudo)”
é o single de apresentação deste novo trabalho. Este é o tema que melhor define
o espírito do álbum?
RM - Sabes que a escolha de um
single na maior parte das vezes obedece a uma série de parâmetros. Neste caso
achamos em conjunto com o Vitor que esta canção seria a melhor, no entanto
penso que pelo facto de ser o tema mais antigo do disco faz com que haja alguma
diferença estética relativamente ao resto dos temas. Acho que tanto a Hora como
o Herói…como tu são mais representativos do que é o "Apneia".
PR - A que se ficou a dever a
escolha de “Apneia” para título deste registo?
RM - Sempre gostei de palavras
pela sua sonoridade ou pelo seu ritmo, muitas vezes só por isso, sem ligar nada
ao seu significado. No entanto neste caso escolhi uma palavra que gosto pela
sonoridade e que também significa um pouco o que se passou connosco, um momento
de isolamento e de paragem.
PR - Para terminar, por onde
passa o futuro próximo dos Orangotang?
RM - Para já estamos a fazer
pequenos concertos nas Fnacs, onde temos o disco à venda, as coisas estão a
correr bem. Durante o verão já temos em agenda vários concertos. Vamos intensificar
a divulgação através dos nossos canais da net e continuar um caminho que já
conhecemos muito bem e que sabemos que não é fácil mas que nos dá muito prazer.
Sem comentários:
Enviar um comentário