03/11/2011

REALEJO | Discurso Direto


Depois de um longo silêncio discográfico os Realejo estão de volta aos discos com "Ruja Ruja Quem Quiser Que Fuja" (Vachier & Associados, 2011), um álbum que traz "o grupo de volta a brincar à apanhda com a nossa identidade musical". Amadeu Magalhães, é hoje meu convidado em "Discurso Direto".

Portugal Rebelde - Catorze anos depois do último trabalho, os Realejo estão de regresso aos discos. A que se ficou a dever esta longa espera?

Amadeu Magalhães - Esta é a pergunta da ordem. A espera deveu-se apenas factores relativos ao contrato que tínhamos com a antiga editora, problema que demorou a ser resolvido.

PR - ”Ruja Ruja Quem Quiser Que Fuja” o mais recente disco dos Realejo, traz de volta o grupo “a brincar à apanhada com a herança das tradições”?

AM - Traz de volta o grupo a brincar à apanhada com a nossa identidade musical!

PR - Sebastião Antunes afirma que “recriar a tradição é sempre a primeira lição de uma história que nunca acaba”. É este o ponto de partida para a música dos Realejo?

AM - Não. Esse é um ponto de vista do Sebastião, em relação às nossas tradições. Se quiseres um ponto de partida para a nossa música, tens de te centrar na sanfona do Fernando, esse é o ponto de partida!

PR - Numa frase apenas como caracterizaria este “Ruja Ruja Quem Quiser Que Fuja”?

AM - Música feita com intuição tuga!

PR - Lúcia Moniz é a voz convidada no tema “Ó que bem baila la moura”. Como é que surgiu esta oportunidade?

AM - Estávamos a fazer umas edições do tema no estúdio, a TV estava ligada, a Lúcia estava a cantar em directo, eu disse “é esta voz que quero neste tema!”, o técnico era amigo dela, ligou-lhe a expor o caso, no dia seguinte a Lúcia gravou e foi assim.
 
PR - Já tiveram a oportunidade de apresentar as canções deste disco. Qual tem sido o “feedback” que têm recebido do público?

AM - Temos tido muito boa receptividade, sim. Até têm comprado cds e tudo. É bom ver, por vezes, a sala começar com pouca gente e dali a um ou dois temas, as pessoas passarem e ficarem a ouvir. 

PR - Para terminar, vamos ter de esperar mais 14 anos pelo novo trabalho dos Realejo?

AM - Não achas um pouco cedo para estarmos a falar no próximo cd?

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