Pedro Barroso está de regresso aos discos com "Cantos de Paixão e Revolta" (Ovação, 2012).
"Faz canções como já não se usa fazer. São actos de
sentir e de pensar, momentos de intensidade e subtileza. Carregadas de
palavras cúmplices e memorias de sempre. E, curiosamente, neste disco
histórico prenuncia, simultaneamente, o seu retiro; mas também, de novo,
a sua revolta.
Vê-se que o presente momento do País e do Mundo lhe
recorda a mesma amargura dos velhos tempos e das velhas razões, e a
disponibilidade eterna para as causas da Justiça e da Liberdade.
A sua sensibilidade, disfarçada por um porte imenso,
um desprendimento e uma atitude de retiro e uma quase apaixonada defesa
dos valores fundamentais da intimidade, da poesia e da simplicidade de
existência, levam-no a viver, por norma, afastado dos centros de
exibição e glória imediata, onde é notório que não se revê, nem
participa.
O seu espaço é a sua imensa capacidade criativa; a sua
cumplicidade com a paixão intensa e a revolta latente sempre. O que
ressalta de uma análise do Mundo ora envolvente de ternura e intimidade,
ora exigente de direitos e justiça.
Ao escuta-lo sentimos nele o lutador que não
desiste…E estes “Cantos da paixão e da revolta” são exactamente uma
espécie de contabilidade dos itinerários percorridos e de todos os que
ainda haja por percorrer."
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