31/03/2012

WRAYGUNN | Discurso Direto


wraygunn estão de regresso aos discos com "L´Art Brut". O Portugal Rebelde esteve recentemente à conversa com Paulo Furtado, que em "Discurso Direto" nos confessou, que este novo trabalho "é um dia soalheiro de primavera".

Portugal Rebelde - Cinco anos depois de “Shangri-la”, os Wraygunn estão de regresso com “L´Art Brut”. Este disco significa mais um passo em frente para a banda?

Paulo Furtado - Esperamos que sim... em todos os discos tentamos ir mais além, do ponto de vista artístico, fazer coisas que ainda não tenhamos feito, mantermos a chama acesa...

PR - Ao contrário da aceleração constante dos wraygunn, neste novo disco há muita sensibilidade em bruto. Concordas?

PF - Concordo que a energia dos Wraygunn que parecia impossível de controlar foi de certo modo domada neste disco. E é libertada nos momentos certos. Mas ela está lá, sempre à espreita.... Acho que esta gestão dá uma tensão muito grande a este disco, como se houvesse sempre algo misterioso ao virar de cada esquina...

PR - O single de apresentação deste disco foi “Dont´  you wanna Dance?”. É uma banda a descobrir uma nova natureza para a sua inspiração?

PF - É uma banda a divertir-se a fazer música, a reinventar-se.... Tentamos sempre arranjar novas maneiras de ligarmos harmonia de vozes com guitarras e teclados... Por outro lado talvez seja a canção mais clássica dos Wraygunn, e isso aconteceu de forma natural. A própria canção acabou por o pedir.

PR - Numa frase apenas  como caracterizarias este  "L´Art Brut"?

PF - É um dia soalheiro de primavera.

PR - ”L´Art Brut” foi apresentado ao público nos dias 17, 22, 23 e 24 de Março, respetivamente em Lisboa, Coimbra, Tondela e no Porto. Queres falar-nos um pouco destes concertos? Este é um disco fácil de transpor para o palco?

PF - Muito fácil. O instrumental foi gravado ao vivo, em estúdio, e na realidade nestes primeiros espectáculos estamos a tocar o disco inteiro, seguindo o alinhamento. É uma experiência bastante diferente de um concerto normal.

PR - Para terminar, 13 anos depois, continuam a sentir a ansiedade de quem está a (re)começar?

PF - Sempre. Enquanto sentirmos calafrios antes de entrar em palco, e durante o concerto, e no final quando saímos, está  tudo bem.

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