wraygunn estão de regresso aos discos com "L´Art Brut". O Portugal Rebelde esteve recentemente à conversa com Paulo Furtado, que em "Discurso Direto" nos confessou, que este novo trabalho "é um dia soalheiro de primavera".
Portugal Rebelde - Cinco anos depois de “Shangri-la”, os Wraygunn
estão de regresso com “L´Art Brut”. Este disco significa mais
um passo em frente para a banda?
Paulo Furtado - Esperamos que sim... em todos os discos tentamos
ir mais além, do ponto de vista artístico, fazer coisas que ainda
não tenhamos feito, mantermos a chama acesa...
PR - Ao contrário da aceleração constante dos wraygunn,
neste novo disco há muita sensibilidade em bruto. Concordas?
PF - Concordo que a energia dos Wraygunn que parecia impossível
de controlar foi de certo modo domada neste disco. E é libertada
nos momentos certos. Mas ela está lá, sempre à espreita....
Acho que esta gestão dá uma tensão muito grande a este disco,
como se houvesse sempre algo misterioso ao virar de cada esquina...
PR - O single de apresentação deste disco foi “Dont´
you wanna Dance?”. É uma banda a descobrir uma nova natureza
para a sua inspiração?
PF - É uma banda a divertir-se a fazer música, a reinventar-se....
Tentamos sempre arranjar novas maneiras de ligarmos harmonia de vozes
com guitarras e teclados... Por outro lado talvez seja a canção mais
clássica dos Wraygunn, e isso aconteceu de forma natural. A própria
canção acabou por o pedir.
PR - Numa frase apenas como caracterizarias
este "L´Art Brut"?
PF - É um dia soalheiro de primavera.
PR - ”L´Art Brut” foi apresentado ao público
nos dias 17, 22, 23 e 24 de Março, respetivamente em Lisboa, Coimbra,
Tondela e no Porto. Queres falar-nos um pouco destes concertos? Este
é um disco fácil de transpor para o palco?
PF - Muito fácil. O instrumental foi gravado ao vivo,
em estúdio, e na realidade nestes primeiros espectáculos estamos a
tocar o disco inteiro, seguindo o alinhamento. É uma experiência
bastante diferente de um concerto normal.
PR - Para terminar, 13 anos depois, continuam a sentir
a ansiedade de quem está a (re)começar?
PF - Sempre. Enquanto sentirmos calafrios antes de entrar
em palco, e durante o concerto, e no final quando saímos, está
tudo bem.
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