ALEXANDRE CTHULHU | Discurso Direto

Hoje recebemos no Portugal Rebelde Alexandre Cthulhu, guitarrista por excelência, que em "Discurso Direto" nos fala do seu álbum de estreia - "Fides", um disco para quem gosta de um som personalizado e de uma guitarra “emotiva”.

Portugal Rebelde - Depois da edição do EP “Psyche” em 2011, finalmente vês editado o teu álbum de estreia - “Fides”. O que une e separa estes dois discos?

Alexandre Cthulhu - Há vários aspectos que os diferenciam. Um deles é a abordagem musical, este álbum tem uma sonoridade muito própria, não quis “soar” a nenhum guitarrista conhecido, embora as comparações já tivessem surgido (risos), mas estava focado em personificar o meu som. Depois há uma componente estilística, pois este álbum é um álbum de blues, enquanto o "Psyche" tinha um pouco de hard rock, classic rock, etc.

PR - “Fides” é um álbum instrumental, composto quase na totalidade por ti, exceto “Driving Sideways” da autoria de Freddie King. Este é um disco para amantes da guitarra eléctrica?

AC - É um disco para amantes de guitarra eléctrica e não só. É um disco para quem gosta de um som personalizado e de uma guitarra “emotiva”.

PR - Jimi Hendrix, Muddy Watters ou até mesmo Joe Satriani, são alguns dos guitarristas que mais te influenciaram?

AC- Neste álbum fui beber influencias a Hendrix, Gary Moore, Chuck Berry, Alvin Lee, Steve Ray, etc. As minhas influências são tão díspares, que tínhamos que fazer outra entrevista só para falarmos disso (risos).

PR - Alguns dos teus temas como “Angels” e “Street Racers” já chegaram a passar em rádios das terras do tio Sam. Que “sentimentos” te provocaram?

AC - Sim, é verdade. Esses temas são do EP "Psyche", mas alguns temas deste “Fides”, também já passaram. O sentimento é sempre de satisfação, mas deixa-me frisar que quer isso aconteça nos States, quer aconteça numa radio online da aldeia, o sentimento não se altera…A nossa música tem tanta qualidade (em alguns casos até tem mais) do que a que se faz lá fora. Nós, Portugueses achamos que o que vem de fora é melhor, e muitas vezes menosprezamos o que é feito em Portugal. Mas acredita que um dia vamos dar a volta a isso e voltaremos a dominar o mundo como no séc. XV e XVI (risos).

PR - Numa frase apenas como caracterizarias este “Fides”?

AC - “Fides” é um álbum para ouvir para o resto da vida.

PR - Já tiveste a oportunidade de apresentar este disco em palco. Que “feedback” tens recebido do público?

AC - Sim, já tive oportunidade de o apresentar em palco (Fnac de Cascais) e estou-me a preparar para o 3º concerto da Fides tour/2012 (pensão amor/ Lisboa). O feedback tem sido óptimo. Sabes que eu sou um esfomeado pela estrada, e estares cara-a-cara com quem te apoia e gosta do teu som, é sempre uma cena única na vida de um músico. Estou muito satisfeito com tudo. Com o feedback do público, da imprensa, dos meus pais, do meu cão, de tudo (risos).

PR - Para terminar, por onde passa o teu futuro próximo?

AC - Uma noite numa pensão do Cais do Sodré (risos). Vou continuar a divulgar este trabalho até aos limites dos limites, e vou dá-lo a conhecer ao mundo inteiro - Depois logo se verá. Já agora quero agradecer ao blog Portugal rebelde pela entrevista, a todas as entidades que me apoiam, e quero mandar um mega beijo para as Mosqueteiras. Obrigado por tudo.