"Evergreens", é este o novo trabalho dos The Soaked Lamb, um disco, que segundo Gito Lima é "uma colecção de melodias eternas e personalizadas, que resistirão verdes à passagem de Outonos e Invernos". É uma espécie de "máquina de memória, que tem como nome "Evergreens", que significa, sobretudo, perenidade.
Portugal Rebelde - "Há melodias que não mereciam o esquecimento, que, mais do que a morte, é a verdadeira morte." Foi este o ponto de partida para o novo disco dos The Soaked Lamb -“Evergreens”?
Gito Lima - Esta foi a frase com que apresentámos o disco à imprensa. Por isso não vamos agora desmenti-la. Até porque continuamos a acreditar nela. E porque para iludir só sabemos usar os nossos poemas e os nossos instrumentos. Esperamos ter roubado estas melodias a um esquecimento prematuro. Mas para ir mais longe na resposta, temos que dizer que este disco nasceu muito antes dessa ideia. A semente foi plantada com um convite do Henrique Amaro para gravarmos 5 temas para o programa 3 Pistas, da Antena 3. Gostámos tanto da falta de liberdade que tivemos por só termos 3 pistas à disposição (númeroque levámos à risca) que quisemos repetir essa experiência de despir músicas. Depois fomos regando essa semente com whisky e cerveja, que estas coisas não crescem com água. Fizemos uma espécie de strip-tease a temas que nos tocam bastante, e decidimos imortalizar o resultado num álbum. Claro que acrescentámos muito mais pistas a essas 3. Até porque alguns temas estavam demasiado nus e corriam o risco de morrerem antes de tempo. Mas essa ideia de simplicidade manteve-se até ao final. E muitos mais instrumentos, muitos mais arranjos depois, nasceu esta árvore verde e perene que tem por nome “Evergreens”.
Gito Lima - Esta foi a frase com que apresentámos o disco à imprensa. Por isso não vamos agora desmenti-la. Até porque continuamos a acreditar nela. E porque para iludir só sabemos usar os nossos poemas e os nossos instrumentos. Esperamos ter roubado estas melodias a um esquecimento prematuro. Mas para ir mais longe na resposta, temos que dizer que este disco nasceu muito antes dessa ideia. A semente foi plantada com um convite do Henrique Amaro para gravarmos 5 temas para o programa 3 Pistas, da Antena 3. Gostámos tanto da falta de liberdade que tivemos por só termos 3 pistas à disposição (númeroque levámos à risca) que quisemos repetir essa experiência de despir músicas. Depois fomos regando essa semente com whisky e cerveja, que estas coisas não crescem com água. Fizemos uma espécie de strip-tease a temas que nos tocam bastante, e decidimos imortalizar o resultado num álbum. Claro que acrescentámos muito mais pistas a essas 3. Até porque alguns temas estavam demasiado nus e corriam o risco de morrerem antes de tempo. Mas essa ideia de simplicidade manteve-se até ao final. E muitos mais instrumentos, muitos mais arranjos depois, nasceu esta árvore verde e perene que tem por nome “Evergreens”.
PR - Para além de continuarem a tocar sentados, encontramos neste disco referências ao gospel, country, jazz, blues, samba e à canção mexicana. Há mais “mundo” neste novo trabalho?
GL - Nós sempre escutámos o mundo todo. Mas quando se tratava de o interpretar, de falar por ele, fazíamo-lo de um modo um pouco tímido - apesar de essa ter sido sempre uma opção totalmente consciente. Com este “Evergreens” decidimos ir mais longe, viajar a mais paragens e mostrar mais do mundo, até porque o próprio conceito do álbum assim o pedia e permitia, visto que é composto por versões. Juntámos algum atrevimento a músicas de que sempre gostámos muito e ainda um original a 3 tempos, e tocámos em mais paragens. Em mais línguas, em mais estilos, em mais mundo.
PR - ”A Flor e o Espinho”, foi o single escolhido para apresentação deste “Evergreens”. É este o tema que melhor retrata o espírito do disco?
GL - É uma melodia eterna, que já tem mais de meio século. Roubámo-la a um polícia que a compôs em português. E atravessou o atlântico inteiro a remar ao ritmo de um samba que já não é mais. Conta ainda com a preciosa colaboração, nos arranjos de cordas, de um músico incrível: o Rodrigo Leão. Condensando tudo isto, sim, é o tema que melhor espelha a ideia de eternidade que queríamos que estivesse subjacente ao conceito de “Evergreens”. Mas acreditamos que os restantes onze temas também têm essa perenidade latente. Mas isso, só o tempo o dirá. Nós cremos que ficarão para sempre verdes.
PR - Para criar ainda mais eternidade à ideia de “Evergreens”, tiveram a colaboração de Rodrigo Leão, nos arranjos de cordas de “A Flor e o Espinho”. Queres falar-nos um pouco desta participação?
GL - Esta colaboração foi fruto de um muito feliz acaso. Quando lançámos o anterior CD “Hats & Chairs”, quis o calendário que nos cruzássemos em Guimarães, no C.C. Vila Flor, onde tocámos na mesma noite que o Rodrigo. Ele no Anfiteatro, e nós no café-concerto, porque cada coisa tem o seu lugar. Ele acabou por assistir ao nosso concerto e tivemos uma bela conversa no final. Desse encontro, e por sugestão do Rodrigo, surgiu um convite da Uguru para fazermos parte do catálogo de bandas que representam. Quando estávamos a gravar o CD, lembrámo-nos de utilizar esse canal privilegiado e de o convidar para fazer os arranjos de cordas para um tema ou dois do álbum. Não estávamos com grande esperança que ele tivesse tempo e paciência para nós. Mas ele respondeu lá do alto da sua grande humildade e simpatia, e junto com três dos seus músicos fez acontecer a magia das cordas que se ouve no tema.
PR - Numa frase apenas como caracterizarias este “Evergreens”?
GL - Uma colecção de melodias eternas e personalizadas por nós, que resistirão verdes à passagem de Outonos e Invernos.
PR - Muito recentemente apresentaram no Optimus Alive as canções destedisco. Qual tem sido o “feedback” que têm recebido do público?
GL - Tem sido bastante positivo. Tanto da parte do público como da imprensa, que tem feito boas críticas ao CD. O concerto de apresentação no Ritz Clube foi um sucesso e o público reagiu da melhor forma aos temas do álbum. Uma agradável surpresa para nós, que estávamos a pisar terrenos novos. Mas ainda é demasiado cedo para entender até onde poderão crescer as raízes e a copa deste “Evergreens”. Mais importante ainda, se as suas folhas se manterão verdes e frescas por muito tempo.
GL - Esta colaboração foi fruto de um muito feliz acaso. Quando lançámos o anterior CD “Hats & Chairs”, quis o calendário que nos cruzássemos em Guimarães, no C.C. Vila Flor, onde tocámos na mesma noite que o Rodrigo. Ele no Anfiteatro, e nós no café-concerto, porque cada coisa tem o seu lugar. Ele acabou por assistir ao nosso concerto e tivemos uma bela conversa no final. Desse encontro, e por sugestão do Rodrigo, surgiu um convite da Uguru para fazermos parte do catálogo de bandas que representam. Quando estávamos a gravar o CD, lembrámo-nos de utilizar esse canal privilegiado e de o convidar para fazer os arranjos de cordas para um tema ou dois do álbum. Não estávamos com grande esperança que ele tivesse tempo e paciência para nós. Mas ele respondeu lá do alto da sua grande humildade e simpatia, e junto com três dos seus músicos fez acontecer a magia das cordas que se ouve no tema.
PR - Numa frase apenas como caracterizarias este “Evergreens”?
GL - Uma colecção de melodias eternas e personalizadas por nós, que resistirão verdes à passagem de Outonos e Invernos.
PR - Muito recentemente apresentaram no Optimus Alive as canções destedisco. Qual tem sido o “feedback” que têm recebido do público?
GL - Tem sido bastante positivo. Tanto da parte do público como da imprensa, que tem feito boas críticas ao CD. O concerto de apresentação no Ritz Clube foi um sucesso e o público reagiu da melhor forma aos temas do álbum. Uma agradável surpresa para nós, que estávamos a pisar terrenos novos. Mas ainda é demasiado cedo para entender até onde poderão crescer as raízes e a copa deste “Evergreens”. Mais importante ainda, se as suas folhas se manterão verdes e frescas por muito tempo.
PR - Para terminar, por onde passa o futuro próximo dos The Soaked Lamb?
GL - Passa essencialmente por mais alguns concertos pelo país e um outro num festival em Cáceres/Espanha, em Setembro. Está a ser organizada uma pequena tour, e algumas participações em eventos interessantes. Estão ainda em preparação alguns vídeo clips que ilustrarão algumas das músicas do álbum. Mas ainda é prematuro estar a divulgar informações mais precisas. Queremos levar a nossa música mais longe e a mais gente. E criar raízes por onde passarmos.
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