12/11/2012

DAZKARIEH | Discurso Direto


Os Dazkarieh estão de volta em 2012 com “Eterno Retorno”, o seu sexto trabalho de estúdio, "um caldeirão de emoções que apelam a uma viagem a todos os cantos da nossa alma." Joana Negrão, a voz dos Dazkarieh, é hoje a minha convidada em "Discurso Direto".

Portugal Rebelde - “Eterno Retorno”, é o disco que consolida a fórmula “dazkariehana” de folk rock de alta voltagem cantado em português?

Joana Negrão - “Folk de alta voltagem” olha que boa descrição do que fazemos. Acho que é mesmo isso. Já desde de 2006 que vimos tentando fazer o nosso próprio folk rock. Já nessa altura sentimos que tínhamos encontrado a nossa “fórmula” mas depois com o tempo fomos ganhando coisas e perdendo outras. Talvez o “Ruído do Silêncio” em 2011 já tenha sido de facto essa consolidação e agora o “Eterno Retorno” é apenas a confirmação de quem somos.

PR - A busca interior, a vida, o amor e a passagem do tempo são temas recorrentes dos Dazkarieh. Estes são os temas que marcam presença neste sexto trabalho?

JN - Quando compomos é como se resumíssemos tudo nas canções. Estamos sempre a querer alcançar a paz interior mas vivemos sempre com uma certa insatisfação de querer mais e ser melhor e entretanto o tempo vai passando e queremos sempre agarrá-lo e vive-lo da melhor forma possível. São temas que têm marcado presença no nosso trabalho de um forma muito natural pois fazem parte das nossas próprias vivências e das nossas reflexões.

PR - ”Primeiro Olhar”, foi o single escolhido para apresentação deste trabalho. É este o tema que melhor retrata o espírito do disco?

JN - O “Primeiro Olhar” é uma música que fala sobre a sensação boa de vermos ou experienciarmos uma coisa pela primeira vez e experimentá-la mesmo e não só ouvir falar dela. E também de como seria bom conservarmos sempre connosco esse friozinho na barriga assim como a capaidade de olharmos para as coisas sempre como se fosse a primeira vez. Um single é um cartão de visita do disco e achámos que este tema seria uma boa primeira abordagem ou um primeiro olhar sobre todo um conjunto de canções que falam acima de tudo de vivências e sensações.

PR - Numa frase apenas como caracterizarias este “Eterno Retorno”?

JN - Um caldeirão de emoções que apelam a uma viagem a todos os cantos da nossa alma.

PR - “Eterno Retorno” já foi apresentado ao vivo dentro e fora do país. Qual tem sido o “feddback” do público às novas canções dos Dazkarieh?

JN - Sentimos que quem já nos conhece e quem vai seguindo a nossa carreira espera sempre pelas novas músicas com grande ansiedade e expectativa. E nos concertos, tanto em Portugal como lá fora, as novas músicas são ouvidas com atenção e interesse. Em Portugal temos alguns fãs que compraram o disco e que já cantam todas as músicas novas connosco, é fantástico.

PR - O grupo tem fora de portas um grande número de seguidores. Como é que este “Eterno Retorno” tem sido recebido internacionalmente, em especial  na Alemanha?

JN - Somos sempre muito bem recebidos na Alemanha e apesar de já conseguirmos ter sempre fãs em todos os concertos que conhecem as músicas antigas e que seguem com interesse as novas canções também temos pessoas que nos ouvem pela primeira vez, assim como em Portugal. Estamos sempre a conquistar mais público. 

PR - Para terminar, a música dos Dazkarieh definitivamente mostra, que o passado e o presente, podem coexistir num mesmo momento?

JN - Nos Dazkarieh os instrumentos e as canções e histórias tradicionais ou de inspiração tradicional são transformadas numa linguagem actual e urbana e acho que isto diz tudo sobre a coexistência do passado e do presente num só momento.

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