Os Dazkarieh estão de volta em 2012 com “Eterno Retorno”, o seu sexto trabalho de estúdio, "um caldeirão de emoções que apelam a
uma viagem a todos os cantos da nossa alma." Joana Negrão, a voz dos Dazkarieh, é hoje a minha convidada em "Discurso Direto".
Portugal Rebelde - “Eterno
Retorno”, é o disco que consolida a fórmula “dazkariehana” de folk rock de alta
voltagem cantado em português?
Joana
Negrão - “Folk de alta voltagem” olha que
boa descrição do que fazemos. Acho que é mesmo isso. Já desde de 2006 que vimos
tentando fazer o nosso próprio folk rock. Já nessa altura sentimos que tínhamos
encontrado a nossa “fórmula” mas depois com o tempo fomos ganhando coisas e
perdendo outras. Talvez o “Ruído do Silêncio” em 2011 já tenha sido de facto
essa consolidação e agora o “Eterno Retorno” é apenas a confirmação de quem
somos.
PR - A busca interior, a vida, o amor e a passagem do tempo são temas recorrentes dos Dazkarieh. Estes são os temas que marcam presença neste sexto trabalho?
JN - Quando compomos é como se resumíssemos tudo
nas canções. Estamos sempre a querer alcançar a paz interior mas vivemos sempre
com uma certa insatisfação de querer mais e ser melhor e entretanto o tempo vai
passando e queremos sempre agarrá-lo e vive-lo da melhor forma possível. São
temas que têm marcado presença no nosso trabalho de um forma muito natural pois
fazem parte das nossas próprias vivências e das nossas reflexões.
PR - ”Primeiro
Olhar”, foi o single escolhido para apresentação deste trabalho. É este o tema
que melhor retrata o espírito do disco?
JN - O
“Primeiro Olhar” é uma música que fala sobre a sensação boa de vermos ou
experienciarmos uma coisa pela primeira vez e experimentá-la mesmo e não só
ouvir falar dela. E também de como seria bom conservarmos sempre connosco esse
friozinho na barriga assim como a capaidade de olharmos para as coisas sempre
como se fosse a primeira vez. Um single é um cartão de visita do disco e
achámos que este tema seria uma boa primeira abordagem ou um primeiro olhar
sobre todo um conjunto de canções que falam acima de tudo de vivências e
sensações.
PR - Numa frase apenas como caracterizarias este “Eterno Retorno”?
JN - Um caldeirão de emoções que apelam a
uma viagem a todos os cantos da nossa alma.
PR - “Eterno Retorno” já foi apresentado ao vivo dentro e fora do país. Qual tem
sido o “feddback” do público às novas canções dos Dazkarieh?
JN - Sentimos que quem já nos conhece e quem vai seguindo a nossa carreira espera
sempre pelas novas músicas com grande ansiedade e expectativa. E nos concertos,
tanto em Portugal como lá fora, as novas músicas são ouvidas com atenção e
interesse. Em Portugal temos alguns fãs que compraram o disco e que já cantam
todas as músicas novas connosco, é fantástico.
PR - O grupo tem fora de portas um grande número
de seguidores. Como é que este “Eterno Retorno” tem sido recebido
internacionalmente, em especial na
Alemanha?
JN - Somos sempre muito bem recebidos na
Alemanha e apesar de já conseguirmos ter sempre fãs em todos os concertos que
conhecem as músicas antigas e que seguem com interesse as novas canções também
temos pessoas que nos ouvem pela primeira vez, assim como em Portugal. Estamos
sempre a conquistar mais público.
PR - Para
terminar, a música dos Dazkarieh definitivamente mostra, que o passado e o
presente, podem coexistir num mesmo momento?
JN - Nos Dazkarieh os instrumentos e as
canções e histórias tradicionais ou de inspiração tradicional são transformadas
numa linguagem actual e urbana e acho que isto diz tudo sobre a coexistência do
passado e do presente num só momento.
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