Figura incontornável da nova música portuguesa, Tiago Bettencourt reúne em "Acústico" (Universal, 2012) as suas canções de sempre. O vocalista e compositor é hoje o meu convidado em "Discurso Direto" para nos fazer a retropestiva do seu percurso, sem deixar de lançar pistas para o futuro próximo.
Portugal Rebelde - “Acústico” é um “best of” disfarçado de disco ao vivo. Este é um álbum especialmente feito a pensar nos fãs?
Portugal Rebelde - “Acústico” é um “best of” disfarçado de disco ao vivo. Este é um álbum especialmente feito a pensar nos fãs?
Tiago Bettencourt - Acho
que qualquer disco ao vivo acaba por ser um “best of”. A ideia deste
disco ao vivo começou com a ideia de um “best of” e só depois pensei
que teria que ser um concerto ao vivo, único e feito propositadamente
para esta gravação áudio e vídeo. É um disco para os fãs e para quem
não conhece tão bem o meu percurso. É um disco com pretensões
unificadoras.
PR - “Acústico”,
recupera um pouco do espírito das gravações “unplugged” do canal de
música MTV, conta com a participação de Ricardo Frutuoso, antigo
guitarrista dos Toranja, da cantora Lura e de Jorge Palma.
Queres falar-nos um pouco deste encontro de Amigos?
TB - O Ricardo é um grande guitarrista e convidei-o por isso mesmo. Foi muito
bom tocar com ele músicas dos Toranja e músicas da minha carreira a solo
mas teria-o convidado independentemente de ter sido guitarrista
dos Toranja. Ele é antes de mais um grande músico. Conheci
a Lura há pouco tempo e instantaneamente tornei-me fã. Convidei-a para
cantar uma canção do ultimo álbum chamada “já não te encontro mais” que
compus inspirado por uma morna do Tito Paris. Ao trazer
a Lura para esta canção demos-lhe uma nova vida e a raiz da inspiração
veio ao de cima. O
Jorge Palma dos artistas que mais admiro na música portuguesa. Este ano
fizemos vários concertos juntos (também com o Tim e a Cristina Branco) e
logo que apareceu a ideia de fazer este álbum convidei-o.
Foi uma honra ter podido registar esta versão do Laços com o Jorge a
cantar e a tocar.
PR - “Carta” foi o primeiro single retirado de “Acústico”. Esta escolha tem algum simbolismo?
TB - Acaba por ter, no sentido que foi com esta canção que um público mais vasto de apercebeu da minha existência.
PR - Para além dos êxitos que marcaram a tua carreira, encontramos neste
disco duas versões: “Canção de engate”, de António Variações, e “Pó de
arroz”, de Carlos Paião. A que se fica a dever inclusão destes temas?
TB - São
versões que fizemos e que achámos que fazia sentido ter neste álbum. A
“canção de engate” ainda na altura dos Toranja para uma gala da TVI, e o
pó de arroz para uma colectânea do Carlos Paião já com os
Mantha.
PR - “Acústico”, assinala também os teus dez anos como músico. Que “memórias” guardas desta “aventura”?
TB - Muitas
gargalhadas, muitos amigos, muito partilha e claro, muito trabalho.
Passados 10 anos continuo a respeitar muita a posição privilegiada que
tenho e tento ser o mais competente que sei e acima de tudo
sinto-me sempre muito agradecido a toda a gente que me acompanha desde o
principio e me permite viver da música.
PR - Para terminar, para quando um novo trabalho a solo?
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