"Vitorioso Voo" é este o
primeiro capítulo da história de um super-herói. É através de Vitorino Voador que João Gil passa a expressar apenas a sua linguagem e a sua forma de contar histórias e de fazer música. Hoje em "Discurso Direto" contamos as histórias de Vitorino Voador.
Portugal Rebelde - Este EP conta o primeiro capítulo de uma história cujo
segundo capítulo está já escrito e ilustrado, com apresentação prevista
para o início de 2013. Que “histórias” são estas que encontramos neste
“Vitorioso Voo”?
João Gil - As
histórias do Vitorino Voador são histórias que praticamente se escrevem a si
próprias, como explicar isto? Quando criei o Vitorino Voador ele era apenas uma
ideia, aos poucos e poucos é que se foi tornando naquilo que é agora, o EP
conta um pouco dessas histórias, de um super-herói que está a nascer e que se
está a afirmar no mundo em que vive. O disco continuará essa história, onde ele
já é um super-herói que as pessoas reconhecem e por quem chamam para os ajudar.
A historia vai-se escrevendo a si própria todos os dias através daquilo que
vivo diariamente, é uma historia simples, é a minha historia!
PR - ”Fazedor de Pop Estranha”, foi desta forma que a Time
Out te apelidou. Consegues rever-te nesta opinião?
JG - Consigo…
hehe… e adoro o nome, Pop Estranha, foi logo no primeiro concerto que dei do
Vitorino Voador, no final contaram-me isso e adorei, quantas bandas de Pop
Estranha é que existem? Mas falando mais a serio agora, gostei dessa forma de
catalogar a musica que faço, senti que foi dito como um elogio (espero não me
ter enganado!) e o que eu sinto em relação à minha própria música passa um
pouco por aí também.
PR - O primeiro “single”, “Carta de Amor Foleira”, faz
parte da compilação Novos Talentos Fnac 2012. É este o tema que melhor retrata o
“espírito” deste disco?
JG - Acho que
este tema retrata parte desse espirito, mas apenas uma parte. Mostra aquilo que
sou, sem segredos. Mas há mais para além desta música, existem outros tipos de
mensagem que gostaria de fazer chegar aos ouvidos das pessoas. A carta de amor
foleira foi talvez a música que me fez acreditar em mim mesmo, que me fez dizer
a mim mesmo “és um homem ou um menino? manda-te para a frente!” e assim foi,
saiu nos Novos Talentos Fnac 2012 e aqui estou eu agora a falar convosco. Sem
dúvida, retrata algum espirito, mas há mais!
PR - O João Gil, tal como o poeta também já escreveu alguma
"Carta de amor foleira"?
JG - Sim,
várias… só tenho pena de uma coisa, de não ter ficado com copias dessas mesmas
cartas! Agora faria um disco só de cartas de amor, umas foleiras, umas muito
foleiras, umas nada foleiras, umas com finais tristes e outras com finais
felizes, uma edição especial de luxo! Outra coisa, poeta? Eu? Ora muito
obrigado, é um grande elogio!
PR - No próximo dia 8 de Dezembro, este “Vitorioso Voo” é
apresentado no Vodafone Mexefest. Há alguma “surpresa” preparada para
este concerto?
JG - Sim, mas
normalmente as surpresas do Vitorino Voador são surpresas até para mim, de
certeza que não vão faltar algumas neste. Mas podem contar com um convidado a
tocar comigo e de certeza mais umas coisas boas, mas não vamos estragar
surpresas, certo? Não digo mais nada…
PR - Diabo na Cruz, You Can’t Win Charlie Brown, Feromona,
Flume e Diego Armés, são alguns dos projetos em que estás envolvido.
Com qual destes projetos se idêntifica mais o Vitorino Voador?
JG - Acho que
existe uma parte de mim em cada uma destas bandas, que não é partilhada pelas
outras e é por isso que o tocar nestas bandas é a coisa que faço com o maior
gosto do mundo, porque adoro a música de cada uma e porque não tenho que
repetir o que faço em nenhuma delas, You Can’t Win, Charlie Brown fala numa
linguagem musical que nada tem de parecido com Diabo na Cruz que por sua vez
nada tem de parecido com o que faço no grupo do Diego Armés, melhor que isto
não há!
PR - Para Terminar, depois de muitos anos a compores
compulsivamente, este EP é o primeiro passo para outros “voos”?
JG - Este é o
passo “um” de uma caminhada gigante e muito boa que vou fazer até ao meu último
dia, podem contar com isso!
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