15/02/2013

MANUEL FÚRIA | Discurso Direto


"Manuel Fúria Contempla os Lírios do Campo", é este o mais recente trabalho de Manuel Fúria, "um disco cheio de boas intenções. Um disco sobre ser português e ter esperança". Um disco onde o músico e compositor "olha o mundo e procura o Céu."

Portugal Rebelde - N´Os Golpes fazias canções sobre amores adolescentes e infâncias idealizadas, neste “Contempla os Lírios do Campo”, olhas o mundo e procuras explicá-lo?

Manuel Fúria - Neste disco olho o mundo e procuro o Céu.

PR - Em “Declaração de Intenções” e “Estandarte”, cantas respectivamente “Só quero ver Lisboa a arder” e “Tem cuidado rapariga com a cidade”. É este o mote para a tua fúria?

MF - Esta cidade é a cidade, mas não é a cidade. Explico-me: neste disco a cidade funciona como alegoria de si própria, mas quis que o alcance dessa alegoria fosse mais amplo, ela é também sinal de inquietação, desconforto, atributos que não são exclusivos de cenário urbano. O mote para a minha fúria é o acto criativo.

PR - Neste disco revelas-te um homem cansado com o urbano. Sentes-te desadequado com a grande cidade?

MF - O disco é uma fantasia, uma construção pope, não se relaciona directamente com a minha biografia mas revela sensibilidades latentes. Gosto de grandes cidades como Lisboa, Porto, Funchal, mas digamos que me sinto à vontade com a ideia de não se estar bem onde se está e de ter esperança.

PR - Deus, Pátria e Família, são tudo o que te interessa?

MF - São palavras fortes, mas para lá da mera observação política elas significam o que significam e eu sou um homem de fé, que ama o seu país e acredita no valor da família. Como diziam os Quais, sem medo de pontos de exclamação e reticências.

PR - ”À minha alma”, um original de Os Velhos é recriado neste “Contempla os Lírios do Campo”. Este é um tema, que te toca particularmente?

MF - Paradoxalmente, sendo a única canção que não é de minha autoria (salvo a letra do refrão d’Os Lírios do Campo que foi escrita por Hélder Ribeiro), é aquela na qual surjo mais desarmado, é como se desapertasse o colete.

PR - Numa frase apenas – ou talvez duas – como caracterizarias este “Contempla os Lírios do Campo”?

MF - Um disco cheio de boas intenções. Um disco sobre ser português e ter esperança.

PR - Depois do disco, vamos ter oportunidade de ouvir as canções deste disco em palco?

MF - Claro que sim! Há já concertos de apresentação marcados para dia 22 e 23 de Fevereiro. Riz Clube e Plano B, Lisboa e Porto. Compra-se o disco e é o bilhete para o concerto, é um óptimo negócio!

PR - Para terminar, acreditas que 2013 vai ser um ano de colher Lírios?

MF - Assim o espero. No Campo Grande, meia volta aparecem lírios, com alguma sorte acho possível.


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