06/02/2013

SEBASTIÃO ANTUNES | Discurso Direto


Três anos depois da sua estreia a solo e seis anos após da última edição discográfica da Quadrilha, Sebastião Antunes e companhia estão de regresso “Com um Abraço” (Vachier Associados, 2012). Hoje em "Discurso Direto" é meu convidado Sebastião Antunes.

Portugal Rebelde - Antes de mais como é surgiu a ideia de partilhar este “abraço” com tantos Amigos, que encontramos neste disco?

Sebastião Antunes - Estava na altura de fazermos um disco de originais e sabíamos que para além das canções, queríamos que o trabalho tivesse qualquer coisa de diferente, uma ideia nova. Entre várias hipóteses, optamos pela de trazer a este trabalho gente que não tendo nascido cá é gente de cá. E assim começamos a convidar pessoas de várias nacionalidades que fizessem música em Portugal. Mas com o entusiasmo tivemos uma grande vontade de convidar amigos de nacionalidade portuguesa, como os Galadum Galundaina, a Sara Vidal e o Miguel Quitério. Embora aproveito para dizer que apesar de tudo isto as nacionalidades sempre tiveram para mim muito pouca importância.

PR - Tito Paris,  Pumacayo Conde, Orlando Santos, Miguel Quitério, Sara Vidal e Galandum Galundaina são alguns dos muitos amigos que abraçam este projeto. Quer falar-nos um pouco destas participações?

SA - São convidados a quem eu agradeço muito a sua participação, não para que tocassem músicas das suas tradições, mas para que integrassem a nossa música com a sua criatividade. Todos eles participaram à sua maneira com as suas características pessoais.

PR - ”Cantiga da Burra”, foi a canção escolhida para single de apresentação deste disco. Foi tão divertido gravar este tema, como transparece quando a ouvimos?

SA - Gravar a "Cantiga da Burra" foi decididamente uma grande curtição. Os Galadum são pessoas especiais que têm o dom de transformar as coisas numa festa. E essa alegria reflecte-se no tema. A produção do Luís Peixoto fez o resto.

PR - A viagem que fez ao Mali, teve forte influência na composição deste “Com um Abraço”?

SA - Foi decididamente uma viagem muito marcante para mim. E as experiências fantásticas eu por lá tive resultaram por exemplo na versão que fiz da "Senhora do Almortão". 

PR - Já teve oportunidade de apresentar ao vivo as canções deste disco. Qual tem sido o “feedback” do público?

SA - Sim, já temos tocado alguns temas ao vivo e a reacção tem sido bastante boa.

PR - Para terminar, numa frase apenas – ou talvez duas – como caracterizaria este “Com um Abraço”?

SA - É um disco de experiências e de muitos abraços, que se transformou num abraço grande e que agora se vai estendendo a todo o público que nos vai abraçando. Bem hajam.


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