A cidade da Figueira da Foz vai receber de 1 a 4 de Agosto uma experiência de verão única em Portugal, através da fusão entre quatro áreas – Música, Arte, Desporto e Gastronomia -, com a cidade e com o público. O recinto principal é composto por uma praia privada, uma garagem transformada em galeria de arte, uma pista onde vai decorrer uma etapa do circuito nacional de snowboard urbano, uma zona lounge que receberá desde curtas-metragens a performances e 3 palcos, sendo um deles no Casino da Figueira. O Portugal Rebelde esteve recentemente à conversa com Carlos Martins, da organização deste evento e com Chakall, que vai dinamiar o “maior Workshop culinário do mundo”.
Portugal Rebelde - Entre os dias 1 e 4 de Agosto, a Figueira da Foz vai receber a primeira edição daquela que se assume como uma experiência de verão única em Portugal, através da fusão entre quatro áreas - Música, Arte, Desporto e Gastronomia. Quais são os grandes objectivos que pretendem alcançar com este evento?
Carlos Martins - O objectivo do Fusing é a descentralização da cultura. É trazer à zona centro de Portugal, nomeadamente à Figueira da Foz, alguns dos projectos, artistas e nomes mais relevantes do panorama nacional, através de um conceito jovem e inovador, com o intuito de se assumir enquanto referência no panorama cultural.
PR - Na área musical são mais de 35 os artistas nacionais. Confirmados estão, entre outros, Orelha Negra, PAUS, Linda Martini, Frankie Chavez, Noiserv, Memória de Peixe, Dj Ride e Moullinex Live. Esta é a prova, que a nova música portuguesa “respira” vitalidade?
Carlos Martins - A música Portuguesa encontra-se, neste momento, num momento muito forte. As novas tecnologias permitiram, realmente, um aparecimento e um contacto com bandas com muito talento e potencial que até então não era possível.Toda a programação, 100% nacional, foi pensada para proporcionar uma verdadeira experiência entre vários estilos e géneros musicais.
PR - No mercado Municipal da Figueira da Foz, o mote é a gastronomia em que o Peixe e o Arroz, tão característicos da cidade, se assumem como a base das várias actividades. Quer falar-nos um pouco como tudo se vai processar?
Carlos Martins - A fusão com espaços característicos da cidade sempre foi um dos objectivos do Fusing. O mercado municipal é, por si só, um espaço directamente relacionado com a gastronomia. Aqui a programação vai ser composta por showcookings diários onde os participantes poderão aprender algumas técnicas e conhecer alguns truques culinários. O peixe e o arroz, como trunfos da região, assumem assim um papel de destaque na confecção do pratos a apresentar. Para além da componente gastronómica também quisemos incluir a arte, através de exposições, e a música no coração deste epicentro gastronómico, proporcionando uma verdadeira fusão.
PR - No último dia do evento a fusão faz-se no mar com actividades de surf o dia todo e um evento de Surf Nocturno. Já em terra o “Maior Workshop Culinário do Mundo” que pretende juntar 500 pessoas a cozinhar em simultâneo. Este é um grande desafio para si?
Chakall - É um desafio claro. Eu estou muito habituado a fazer workshops, já fiz até com 200 pessoas, mas num contexto diferente. Neste vamos tentar colocar toda a gente a fazer a mesma coisa ao mesmo tempo, sinto-me quase como se fosse um maestro a ter que dirigir uma orquestra gigante. Vai correr tudo bem e sobretudo quero que as pessoas se divirtam e gostem.
PR - Para terminar, indique-me duas razões para que ninguém deixe de participar no Fusing Culture Experience!?
Chakall - Para mim que sempre digo que onde se vive Portugal é fora das grandes cidades, acho que este evento é algo de extraordinário e até consigo dar mais de 2 razões. Primeiro porque tem o maior workshop de cozinha do mundo, depois porque tem um cartaz musical muito bom e porque todas as actividade são naturalmente envolvidas na cidade. Eu acho que este evento vai marcar o verão e vai levar muitas cidades a tentarem copiar o modelo. E o mais importante é feito por gente jovem e com vontade fazer diferente.
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