21/03/2014

SENHOR VULCÃO | Discurso Direto


Senhor Vulcão é o alter ego de Bruno Pereira, fundador e baterista dos extintos Atomic Bees, num reencontro com as canções longos anos depois. Um dia, comprou uma pequena guitarra e voltou a embalar-se ao som das cordas. "Montanha" é o seu primeiro volume de canções. Doze canções feitas à mão. Cruas, simples, inspiradas no dia-a-dia, na inversão social que vivemos. Fala de libertação e de amor. "Montanha" está disponível, numa edição limitada de autor, lacrada à mão pelo artista, em exclusivo para venda online em www.senhorvulcao.com, pelo preço de 10€.

Portugal Rebelde - Antes de mais, a pergunta impõem-se. Como é que se deu o reencontro com as canções longos anos depois dos Atomic Bees?

Bruno Pereira - Foi um pouco ao acaso. Estive muitos anos sem tocar depois de a banda terminar. Há uns 5 anos comecei a escrever bastante em português mas sem nenhuma intenção. Um dia decidi comprar uma pequena guitarra e aos pouco comecei a musicar as palavras escritas ao longo desse tempo. Pedi a um amigo que me construisse uma stomp box de uma caixa de charutos e foi aí que tudo fez sentido.

PR - "Palavras na ponta da língua catapultadas pelo núcleo, uma escalada de sentimentos do sopé até ao cume". É tudo isto, que podemos encontrar em “erupção” neste disco?

BP - O que se pode encontrar é muita verdade e crueza, poucos filtros e palavras sentidas. Foi um processo muito solitário, eu, a guitarra, a stomp, mas ao mesmo tempo muito revelador e de descoberta de mim e da minha forma de fazer canções.

PR - De que é que nos falam as canções deste “Montanha”?

BP - Amor, revelação, intenção, caminho. Como me vejo e sinto e tudo o que me inspira e me faz criar. Para mim é acima de tudo libertação.

PR - Numa frase apenas – ou talvez duas – como caracterizarias este primeiro disco?

BP - Cru e verdadeiro.

PR - ”Vulcão” e “Trem Vem” foram as canções de apresentação deste disco. Estas são as melhores portas de entrada para subir a esta “Montanha”?

PR - Para mim o “Montanha” é um todo, faz sentido junto e não separado. “Vulcão” é também um auto-retrato.

PR - No dia 5 de Abril apresentas este disco de estreia no Centro Cultural Cartaxo. O que é que o público pode esperar do Senhor Vulcão?

BP - Vai ser a estreia do disco ao vivo de alguém que não sobe a um palco há mais de dez anos. Vou mostrar as canções despidas como as criei.

PR - Depois desta primeira “caminhada” até ao cume da Montanha, o que é que podemos esperar no futuro próximo do Senhor Vulcão?

BP - Continuo a escrever e a compor. De certeza que virão mais discos, mais palavras, mais canções. Quero experimentar sonoridades e colaborações com outros artistas. Vou fazer sempre para que seja verdadeiro e honesto com o que acredito e defendo.

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