21/02/2015

IMPLODING STARS | Discurso Direto


Nascidos nas Taipas, Guimarães, em 2011, os Imploding Stars são uma banda inserida no panorama do post-rock português. Depois do lançamento do primeiro EP, “Young Route” e muitos concertos em Portugal, Irlanda e Espanha, a banda sofreu algumas alterações até à atual formação. Em Novembro de 2014 lançam o álbum “A Mountain and a Tree” (cosmic Burgr, 2014), "uma viagem aos estímulos e sensações da nossa própria natureza e uma porta para o que há-de vir. Hoje em "Discurso Direto" são meus convidados os Imploding Stars.

Portugal Rebelde - Depois do lançamento do EP, “Young Route” e muitos concertos, a banda sofreu algumas alterações até à atual formação. A linha “melódica” ganhou um novo sentido?

Imploding Stars - O novo disco tem músicas que já são do tempo do “Young Route” mas agora todos estamos numa sintonia melódica sobre a qual fazia sentido ir buscar essas músicas e explorar esse caminho mais “puro” e menos “progressivo”, se assim se pode dizer. Podemos dizer que acabamos por escolher e assumir a linha melódica que faz mais sentido seguir com esta formação tendo em conta o nosso gosto pessoal a fazer música.

PR - Em Novembro de 2014 lançam o álbum “A Mountain and a Tree”. Que “caminhos” exploram nos 8 temas que compõem este disco?

IS - Já dissemos anteriormente que procuramos focar-nos em sentimentos, sensações, vivências humanas e misturamos isso com a contemplação, concepção e destruição da natureza. E procuramos “jogar” com isto a nível harmónico tentando também que o disco fosse todo ele uma história, de início ao fim e que dentro dessa história houvesse momentos para tudo da parte do ouvinte. Por isso podemos dizer que este é um álbum assumidamente conceptual. Não queríamos simplesmente “atirar” 8 temas para dentro de um disco. Assim faz mais sentido…Pelo menos para nós!

PR - Para a gravação deste disco escolheram o Bug Studios, situados no ponto mais alto da cidade de Braga, longe de tudo e de todos, bem no meio da natureza. Esta opção refletiu-se no som final deste álbum?

IS - Sem dúvida! Nós sabíamos muito bem aquilo que queríamos para pôr o disco a soar a nosso. Queríamos manter aquilo que tínhamos os 5 ao máximo para poder pôr o disco a soar ao vivo. Não dava para imaginar um local melhor para gravar aquilo que tínhamos. E hoje olhando para trás estamos mesmo satisfeitos por ter escolhido aquele sítio, aquele estúdio e aquelas pessoas (Márcio Dércio e João Figueiredo) para gravar o disco connosco. Soa a nosso e quase ao vivo…ao vivo é tocado mais alto…muito mais!

PR -.“Earthquake” foi a canção escolhida apresentar “A Mountain and a Tree”. Esta é a melhor porta de entrada para descobrir  este disco?

IS - Vamos contar um segredo para contextualizar, as músicas para nós têm todas nomes diferentes do qual as pessoas as conhecem. Só porque decidimos inicialmente dar-lhe nomes (ás vezes sem sentido) para as distinguir. Quando fizemos a “Earthquake” chamamos-lhe “Single” de imediato. O nosso disco (para quem o ouviu todo) tem partes muito calmas e partes agressivas e densas e acaba por ir ficando mais denso à medida que passamos de música em música. A “Earthquake” tem o equilíbrio entre as duas partes e portanto achamos que é uma excelente porta de entrada para quem quer descobrir o que é o disco.

PR - Já tiveram a oportunidade de apresentar ao vivo as canções deste disco. Qual tem sido o “feedback” que têm recebido do público?

IS - Para nós tem sido francamente positivo! Em todos os sentidos. As pessoas acabam por gostar ainda mais ao vivo porque é outra intensidade levares com aquela densidade sonora em decibéis às vezes exagerados e porque temos vídeo projecção coordenada no concerto, o que faz com que as pessoas acabem por poder ouvir e ver o que lhes queremos transmitir. Sem ter de dizer nada, o que é ainda mais interessante e desafiante para quem ouve e para nós também.

PR - Para terminar, numa frases apenas como caracterizariam este “A Mountain and a Tree”?

IS - É uma viagem aos estímulos e sensações da nossa própria natureza e uma porta para o que há-de vir.

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