O álbum de estreia de Diogo Piçarra chama-se "Espelho" (Universal, 2015). Produzido por Fred Ferreira (Banda do Mar, Orelha Negra, Buraka Som Sistema), "Espelho" mostra Diogo Piçarra enquanto compositor, autor e multi-instrumentista. Conhecido do grande público ao ter vencido a edição dos Ídolos (SIC) em 2012, Diogo Piçarra juntou desde então uma legião de fãs que o seguem e incentivam nas suas redes sociais. Os números impressionam: 9 milhões de visualizações no Youtube, o qual conta com mais de 66 mil seguidores, 92 mil fãs no Facebook, no Instagram mais de 15 mil e no Twitter cerca de 10 mil seguidores.
Portugal Rebelde - “Espelho” mostra a tua faceta de intérprete, mas também como compositor e letrista da maioria das 12 canções que compõem este disco. Para ti, estas duas facetas são indissociáveis?
Diogo Piçarra - Foi a partir do momento em que dei os meus primeiros acordes na guitarra que nasceram estas duas facetas de compositor e letrista. Apesar de nunca ter pensado muito no que estava a fazer, na altura, parecia-me um processo natural: uma melodia vinha-me à cabeça e minutos depois estava a dar-lhe vida através de palavras.
PR - A propósito deste disco Davide Pinheiro escreveu: «“Espelho” é um disco pop natural com a eficácia de um ponta-de-lança goleador». Revês-te nesta afirmação?
DP - Diria que sou mais como um defesa que espera pela melhor oportunidade para subir no campo e marcar um golo. É sem dúvida um disco pop natural, mas diria que é um trabalho seguro, sincero e simples, próprio de um defesa, e não algo arrojado ou pretensioso como um ponta-de-lança.
PR - O single "Tu e Eu", conta com perto de 1 milhão de visualizações no VEVO e mais de 50 mil streams diários no spotify. Este tema é a melhor porta de entrada para descobrir este “Espelho”?
DP - Admito que, para mim, qualquer umas das músicas de "Espelho" me pareciam boas como porta de entrada. Talvez por estar tão próximo, que todas elas me pareciam especiais. Contudo, após muita discussão e audição, a "Tu e Eu" era aquela música simples, directa, despida de pormenores que chegava directamente ao coração.
PR - Ficaste conhecido no mundo cibernauta e das redes sociais, através de vídeos de versões acústicas de canções conhecidas no Youtube. Estas “ferramentas” são (cada vez mais) imprescindíveis para mostrar o teu trabalho?
DP - Acredito cada vez mais que as redes sociais salvaram a minha "carreira". Após toda a exposição que o programa "Ídolos" me proporcionou, há 10 anos atrás, tinha sido difícil fazer algo para me manter à superfície. No entanto, o Youtube e o Facebook, por exemplo, tornaram-se ferramentas indispensáveis para evitar que muitas pessoas se esquecessem de mim como pessoa e como artista.
PR - “Os concertos de apresentação deste disco acontecem no dia 30 de abril no Armazém F, em Lisboa e dia 1 de maio no Hard Club, no Porto”. O que é que o público pode esperar destes concertos?
DP - Garanto que poderão esperar muito mais do que tenho vindo a mostrar. Para além da minha faceta intimista, mais conhecida pelo público em geral, irei presentear as pessoas com momentos muito mais dinâmicos e fortes, nos quais a banda que tenho ao meu lado será o meu maior suporte.
PR - Numa frase apenas – ou talvez duas – como caracterizarias este teu primeiro disco?
DP - "Espelho" são as palavras de quem não se consegue expressar. São os amores e desamores, as dúvidas e as certezas de quem não soube dizer muito com poucas palavras.
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