Selma Uamusse canta o seu mundo, com um mundo dentro de si. A sua versatilidade, o seu poderoso instrumento vocal e a sua genialidade performativa levaram-na a brilhar desde o rock (WrayGunn) ao afrobeat (Cacique’97), passando pelo gospel, pela soul e pelo jazz (Gospel Collective, tributos a Nina Simone e Miriam Makeba).
O reconhecimento do seu talento foi-se alargando — nos últimos dois anos, tem acompanhado Rodrigo Leão como voz convidada e participado em discos e espectáculos de diversos artistas — e trespassando áreas artísticas — emprestou, no último ano, corpo e voz a projectos de teatro, cinema e artes visuais —, enriquecendo a sua viagem com uma consciência cada vez maior do poder transformador, quer político, quer social, da música.
O seu EP de estreia, do qual avançamos este “Ngono Utana”, contém tudo o que a Selma é: uma jovem e enérgica cantora que viveu a sua adolescência durante o reinado do rock em Portugal, conhecedora do cancioneiro tradicional do jazz e da soul norte-americanos.
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