08/11/2016

INDIGNU | "Ophelia"


Em plena noite de bruxas, nasceu "Ophelia". Veio ensanguentada, parecendo que antes de nascer já teria passado por todos os tumultos de outro mundo, mas é enigmático o aroma a alfazema que traz. 

Foi um parto duro, difícil, sofrido… Foram muitas as barreiras, é certo e ainda ninguém sabe como foi possível tanta perseverança, sacríficio e paciência. Talvez seja o que aconteça quando se dá tudo o que se tem e se inventa o que parecia não existir. Nasceu o terceiro filho de indignu [lat.] e a alegria é redobrada e amplificada a cada rotação do vinil.

"Ophelia" é uma mulher com duas faces, dois rostos, dois carácteres. Bipolar em todos os sentidos, recusa comparações com o disco anterior. "Ophelia" é como que se de um lado “A/Norte/Este”fosse delicada, planante, emocional, impregnada de cenários sensoriais, clássicos, contemplativos. E do outro lado “B/Sul/Oeste”, agitada, desconcertante, negra, numa viagem sofrida e excêntrica.

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